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Moradores sofrem com péssimas condições da ponte de madeira na divisa de Caraguá e São Sebastião

Tamoios News

Uma ponte de madeira que está em péssimas condições de acessibilidade localizada nas ruas Rua Elvira Antonieta Esteffen (lado de Caraguatatuba) e na rua das Azaléias (lado de São Sebastião), onde fica a escola municipal Joana Alves dos Reis, em São Sebastião tem deixado os moradores da região e as pessoas que diariamente precisam atravessar de um lado para o outro preocupados.

Recentemente a prefeitura de São Sebastião desativou uma ponte de madeira que ficava em um bairro próximo, chamado Chico Soldado e as pessoas que utilizavam aquela travessia passaram a usar a única ponte que restou nas imediações, que é a que fica na rua da escola Joana Alves, o que aumentou o tráfego de ciclistas, pedestres e motociclistas.

Os corrimãos dessa ponte de madeira que serve os usuários das duas cidades praticamente não existem mais. A preocupação dos moradores da região é que com a volta das aulas as crianças caiam no córrego, visto que até mesmo adultos já caíram do local.

A munícipe de São Sebastião, Maria José de Almeida, que mora há 27 anos vizinha a ponte, contou que é raro uma das prefeituras fazer reparo na travessia. “Inclusive, a base da ponte nunca foi trocada, só trocam algumas tábuas quando apodrecem, e o corrimão só costuma ser trocado depois que não sobra um”, relata.

Maria conta que já ouviu promessa de melhoria da ponte. “Teve uma época, que uns dos prefeitos de São Sebastião disse que substituiria a ponte de madeira por uma de concreto. Ele chegou a trazer as vigas de concreto e colocou aqui na rua, mas nunca foram instaladas e o pior, essas vigas que foram deixadas aqui só servem para juntar lixo e bichos, como ratos, escorpiões e cobras. Já pedimos várias vezes para a prefeitura de São Sebastião retirar essas vigas daqui, mas até agora nada”, reclama.


Moradores afirmam que já pediram para a prefeitura de São Sebastião retirar as vigas, que servem apenas para juntar lixo e bichos

Na opinião dela, a ponte não deve ser de concreto. “Se você observar verá que a ponte está muito próxima das casas e inclusive praticamente de frente com um muro, no lado de Caraguatatuba. Se assim, nesse estado, os motociclistas circulam em alta velocidade e alguns até já bateram nesse muro, imagina se a ponte for de concreto, com carros utilizando a travessia, ou mesmo que não seja viável para carros, mas os motoqueiros vão causar acidentes graves aqui. Eu tenho medo porque muitas crianças utilizam essa ponte e podem ser atropeladas”, analisa.

Cornélio dos Santos, que tem 80 anos e mora há 26 anos próximo da ponte, no bairro Perequê, em Caraguatatuba, lembra que há pelo menos 15 anos, os postes que são a base da ponte não recebem manutenção, pois nunca foram trocados. “Na minha opinião deveriam canalizar esse córrego e acabar com essa ponte, pois além da ponte trazer riscos de queda, também sofremos com as enchentes nesse local. Uma grande obra deveria ser feita aqui, com investimentos das duas prefeituras”, opina.

Cornélio dos Santos que mora há 26 anos próximo da ponte, no bairro Perequê, em Caraguatatuba preferia que o local fosse canalizado

Outro morador, Benedito Pereira da Silva, de 53 anos, vizinho da ponte há pelo menos 10 anos, também cobra a reforma do local. “Já caiu bastante gente aqui. Esses dias um senhor que tem dificuldades de locomoção caiu no córrego e precisou da ajuda dos moradores para não se afogar, porque ficou nervoso. A sorte foi que ele gritou e vieram socorrê-lo, sem contar outras pessoas que vire e mexe estão caindo daqui”, reforça.

Prefeituras

Entramos em contato com as duas prefeituras, São Sebastião não respondeu os questionamentos dos moradores e a assessoria de imprensa de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Obras Públicas, afirmou que realizou uma vistoria técnica no local para avaliar as condições da ponte e que vai providenciar uma planilha com um orçamento para realizar a manutenção da ponte, a fim de melhorar as condições de passagem dos moradores da região.