Há alguns meses a quantidade de caminhões estacionados próximos à entrada do Porto de São Sebastião (SP) está gerando congestionamentos e reclamações. Esta semana, em função das operações de exportação de açúcar por duas operadoras portuárias, o congestionamento ultrapassou 5 km, devido à quantidade de carretas estacionadas nas ruas no entorno do Porto.
Para tentar minimizar as reclamações dos munícipes e turistas da cidade, a Companhia Docas de São Sebastião (CDSS) irá adotar o sistema de agendamento de veículos para circular na área portuária. Com a nova ação, inicialmente, a quantidade de veículos por operador portuário será limitada a 15 agendamentos para um período de seis horas. Segundo a assessoria de imprensa da CDSS, caberá aos operadores portuários programarem a chegada dos veículos de carga de acordo com o período de agendamento.
Entretanto, com as obras em andamento do Contorno Sul, em direção a São Sebastião (SP), prestes a serem concluídas, deverá aumentar ainda mais o tráfego na região portuária, uma vez que contará com túneis e viadutos que facilitarão o acesso ao local.
Questionada se haverá um espaço destinado para o estacionamento das carretas que chegam na região do Porto, a Concessionária Tamoios, responsável pelas obras do Contorno Sul, afirma que “não está no escopo da Concessionária a construção de um espaço para caminhões no referido local. Entretanto, já houve tratativas com empresas privadas que demonstraram interesse no tema. Com a conclusão das obras do Contorno Sul há perspectiva de que empresas da iniciativa privada assumam a construção de áreas de logística para acomodação de veículos de carga.”
Além do mais, segundo informações de trabalhadores portuários, o envio desproporcional de cargas ao mesmo tempo vem colapsando o sistema de entrada no Porto, somado ao fato de estarem trabalhando com a metade da capacidade de recepção, já que apenas uma das duas balanças está em funcionamento e com navio operando. “Quando um navio está operando a preferência de balança é da operação de bordo e, a proporção de pesagem é de 4×1 para quem embarca contra quem recebe, ou seja, quatro carretas para o navio e uma carreta para recepção”, explicam.
Em relação ao trânsito dos últimos dias, os trabalhadores salientam “que o problema não está na questão de uma das balanças estarem quebradas, mas no envio desordenado de cargas sem um devido planejamento”, colapsando o processo de ingresso na área portuária.
Redação/Tamoios News
