Cidades Ubatuba

Professores reivindicam piso salarial em audiência pública na Câmara de Ubatuba amanhã (5)

Tamoios News
Primeira reunião do grupo de professores com o prefeito e secretário da Educação, no dia 5 de julho deste ano. Foto: Arquivo

“Só estamos pedindo o que é de direito”, diz Ana Paula Souza, de 40 anos. Ela é professora de Educação Física na EMEI Dinorah Pereira de Souza, no bairro Estufa I, em Ubatuba. Professores têm se mobilizado para reivindicar que o salário acompanhe o piso nacional da categoria, garantido por lei, e a expectativa é de que a situação possa ser resolvida amanhã (5), às 13h, na Câmara dos Vereadores de Ubatuba.

“Somos um grupo de 448 professores que estamos lutando pela classe toda. Hoje em Ubatuba temos 871 professores municipais na ativa e também aposentados que serão beneficiados”, diz Jocely Ramos dos Reis Marco, de 51 anos, que também trabalha na EMEI Dinorah. Ela diz que o salário está defasado desde 2018.

Jocely conta que o grupo se organiza pelas redes sociais e já fez reuniões com representantes do governo para discutir o assunto. “Chamamos pra ficar junto os vereadores, o sindicato, o secretário, chefe de governo e prefeito. Mesmo com todas essas pessoas junto e aceitando esse nosso direito, notamos que ainda não caminhava, as tratativas não se encerravam. Sempre o processo ficava no jurídico. Pedimos então uma reunião com esse jurídico e responsável pela Fazenda. Amanhã teremos, quem sabe, o desfecho desse embate”, diz a professora.

Ana Paula, que também participa da mobilização, defende que o papel do professor é essencial. “É uma profissão que hoje em dia engloba várias atribuições que, por lógica, seriam de outros segmentos da sociedade. O professor trabalha, muitas vezes, tirando dinheiro do próprio bolso para garantir ao aluno condições diferenciadas de ensino. E ganha menos que outras profissões que exigem ensino superior.”

As professoras entrevistadas pelo Tamoios News chamam a população para apoiar os professores na audiência pública nesta terça (5) às 13h. “A profissão de professor deveria ser atrativa, pois sem professor e alunos, não tem educação. E nossos alunos merecem os melhores. Dos municípios do Litoral Norte somos os que menos ganhamos. E o Fundeb de Ubatuba consegue arcar com a folha, esses recursos não vêm dos cofres do município, e sim da federação. 70% do Fundeb é destinado por lei para o pagamento dos professores”, diz Ana. “Cito Guibson Medeiros para dizer que ‘Valorizar o professor não é favor… É agradecimento’”, conclui Jocely.

Redação/Tamoios News