Por Leonardo Rodrigues
Os clientes da agência do Banco do Brasil (BB) no Centro de São Sebastião estão reclamando do atendimento e dos serviços prestados. Conforme depoimentos, falta de organização e falhas nos sistemas, tem levado correntistas a se queixarem da qualidade do banco.
O policial Daniel Lemes relata que nesta segunda-feira (30), falhas no sistema acarretaram em longas filas logo pela manhã. “Além do sistema fora do ar, até a máquina que distribui senha estava quebrada. Com isso, formou uma fila enorme com idosos, mulheres com crianças, uma situação constrangedora”, descreve.
Lemes que é correntista há mais de 20 anos do Banco do Brasil, afirma que o episódio de hoje é uma constante. “Só na agência de São Sebastião sou cliente há mais de 12 anos, e o que aconteceu hoje, essas quedas no sistema, são frequentes”.
Para ele, depois que uma das agências do banco foi fechada em São Sebastião, houve acúmulo e sobrecarga na única que restou no Centro da cidade. “Antes eram duas agências aqui no Centro, mas depois que uma fechou piorou muito. Há sobrecarga no sistema, mas acho também que de trabalho”, comenta.
A comerciante Michelle Salaro, cliente há 5 anos, foi impedida de entrar na agência sebastianense na última quinta-feira (26). Ao ser barrada no portão eletrônico, foi informada que precisava retirar os objetos de sua bolsa. Apesar de ter seguido as recomendações, a porta continuou travada. Então foi instruída a deixar sua bolsa no guarda-volumes da agência. Contudo, todas as repartições do guarda-volumes estavam com defeito – sem condições de fechar os nichos.
“As portas estavam quebradas, ou as chaves não trancavam. Como posso deixar minha bolsa, com documentos e pertences em um armário que não se pode fechar?”, indaga a correntista. A cliente pediu então que algum funcionário do banco conferisse sua bolsa, para verificar que não portava armas. Mas sem sucesso.
Assim, com a porta travada, e o guarda-volume sem condições de garantir segurança aos pertences da cliente, e ninguém com autorização para olhar sua bolsa, Michelle se retirou da agência frustrada por não ter conseguido pagar suas contas.
Cliente relata que repartições do guarda-volumes estão com defeito – sem condições de fechar os nichos
Nota do banco – A reportagem procurou o Banco do Brasil, que por meio de nota disse lamentar.
“O BB lamenta o ocorrido e esclarece que cumpre as regras de segurança estabelecidas na Lei 7.102/83 e Portaria 387/2006 sendo que seu plano de segurança, incluindo a utilização de porta giratória detectora de metais, é aprovado pela Polícia Federal. Informamos que a porta giratória é um dispositivo automático de segurança, cujo travamento é acionado quando o sensor detecta grandes quantidades de metal.
Os vigilantes são treinados para orientar os clientes a depositarem os objetos metálicos em compartimento próprio ou armários, quando disponíveis.
No momento em que a cliente esteve na agência, era grande o fluxo de pessoas portanto, não havia armário disponível, o que evitaria que ela tivesse que retirar a grande quantidade de metais que portava, conforme a própria afirmou.
Lamentamos se houve qualquer transtorno entretanto, os procedimentos adequados de segurança foram seguidos, preservando a todos. Ressaltamos que o Banco do Brasil investe em segurança bancária e adota diversas medidas de proteção sempre no intuito de preservar a integridade física e patrimonial de seus clientes e funcionários”.
Sobre a demora no atendimento, e falhas constantes nos equipamentos e quedas de sistemas, além de hoje pela manhã, em que até a máquina que distribui senhas apresentou defeito, a reportagem questionou quais providências o banco pretendia adotar para minimizar o desconforto, e desgastes de seus clientes. Mas sobre isso, não houve resposta.
Enquete – A Enquete TN deste mês quer saber sua opinião sobre o atendimento bancário nas agências do Litoral Norte. Como você avalia o tratamento dos bancos oferecido a seus clientes e correntistas?
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