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Introdução alimentar: Nutricionista infantil esclarece algumas dúvidas sobre o tema

Tamoios News
Introdução alimentar infantil / Crédito Freepik

A introdução alimentar é um momento bem caótico para muitas famílias. Uns dizem umas coisas, outros, outras tantas. E é tanta informação que nos deixam sem saber por onde seguir.

Neste texto vou esclarecer algumas dúvidas quanto ao assunto:

1- bebês não precisam dos dentes para aprenderem a mastigar.
Muitas famílias não fazem a evolução correta da textura dos alimentos porque acreditam nesta mentira que contaram a elas. E aí a criança não aprende a mastigar, e a seletividade alimentar pode estar sendo iniciada justamente aí.

2- sucos (de qualquer fruta) deve ser oferecido somente após 1 ano de idade, em pouca quantidade.
Devemos sempre incentivar o consumo das frutas.

3- o feijão (inclusive os grãos) deve ser oferecido desde o inicio da introdução alimentar.
Para amenizar a produção dos “gases” (assim como para eliminar fatores que atrapalham a absorção de alguns nutrientes), é importante que seja deixado de molho por pelo menos 12h, desprezada a água do remolho e cozido em nova água.

4- todas as frutas são permitidas no início da introdução alimentar: as azedas, as amargas, as mais docinhas. Nesta fase, estamos formando o paladar da criança, e é importante que ela tenha contato com todos os sabores.

5- seu bebê pode não comer tudo que você oferecer, nem na primeira, nem da terceira e nem na décima vez. Não crie expectativas em relação a isso! Continue colocando-o em contato com os alimentos.

Para comer, é necessário primeiro tocar, cheirar, explorar, brincar, acostumar com o cheiro, textura, temperatura… tudo é muito novo.

Imagem ilustrativa / Crédito Freepik

A introdução alimentar dura até os dois anos da criança, temos cerca de 1 ano e meio para ensiná-la a comer. É um processo, e deve ser respeitado.

A introdução da alimentação complementar deve ser iniciada aos 6 meses completos (para bebês prematuros fazer a idade corrigida) e o bebê deve apresentar todos os sinais de prontidão:

– sentar sem apoio ou o mínimo de apoio possível,
– demonstrar interesse pela comida,
– levar objetos à boca e
– diminuição do reflexo de protusão.

É extremamente importante respeitar tanto a idade da criança quanto os sinais de prontidão.
Se não, o alimento pode oferecer riscos, incluindo o engasgo.

Investir na alimentação bem feita e segura é garantir uma boa relação com ela para o resto da vida.

Tem bebê em casa que vai começar a introdução alimentar?

 

Por Daniela Emmerich de Barros, Nutricionista infantil, Mestre em Educação em Saúde, Coach nutricional infantil e Terapeuta alimentar

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