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Sem ponte, aldeia em Ubatuba fica isolada quando rio enche devido às chuvas

Tamoios News

Quarenta e sete pessoas, de doze famílias, aguardam a construção de uma ponte no caminho entre a rua Manoel Soares da Silva, na Cazanga, sertão do Itamambuca, até a aldeia Yakã Porã (Rio Bonito), na região norte de Ubatuba (SP). 

Os indígenas precisam atravessar o rio Itamambuca para chegar à aldeia. Quando chove demais, o rio enche e eles ficam ilhados. A situação persiste desde janeiro de 2021, quando perderam durante uma enchente a ponte que havia sido construída com apoio de amigos. 

As crianças da aldeia Yakã Porã, que estudam na escola indígena da aldeia Jaexá Porã (Boa Vista), no sertão do Promirim, precisam atravessar o rio andando pela água.

Em 30 de junho do ano passado, a prefeita Flávia Pascoal (PL) publicou um vídeo nas redes sociais comunicando a assinatura de convênio para construção de uma ponte segura no local, com recurso de mais de 300 mil reais.

Na ocasião, também foi divulgado no site da prefeitura que “a equipe da Defesa Civil elaborou um projeto completo de construção de ponte pênsil (composta por madeira, cabo de aço e sustentação de concreto) para reivindicar recurso estadual para a execução da obra. O investimento será de quase R$ 330 mil.”

Porém, passados mais de seis meses, a comunidade continua sem ponte e ilhada quando o rio enche. “Até o momento não foi construída, com isso todas as vezes que chove ficamos ilhados. Inclusive a prefeita tinha postado no Facebook que iria fazer a ponte”, cobra Ivanildes Kerexu.

Nesta segunda-feira (10), a prefeitura informou que a Defesa Civil está aguardando a empresa ganhadora entregar os documentos pendentes para o início das obras. Segundo documento disponível no Portal da Transparência, quem vai executar a obra é a empresa J. Arcos Engenharia e Construções EIRELI-ME, que assinou contrato com a prefeitura no dia 9 de novembro de 2021, no valor de R$ 308.512,16.

Texto: Renata Takahashi / Tamoios News