Denúncias e acidentes que envolvam a fauna e flora costeira marinha podem ser notificados por meio da ferramenta tecnológica
Por Raell Nunes, de Ubatuba
Um novo aplicativo (App) para celulares, o “Seja um Argonauta”, pode ajudar a salvar e proteger animais marinhos em todo o Litoral Norte. A ferramenta, que foi lançada pelo Instituto Argonauta, visa o monitoramento e resgate de vidas marinhas apenas com um registro fotográfico e compartilhamento do local que aconteceu o possível crime ambiental ou incidente.
O serviço é gratuito e basta o usuário baixar por meio do Play Store (Android) ou App Store (Apple). A iniciativa de criar o aplicativo foi para melhorar a qualidade de vida tanto da fauna quanto da flora costeira e marinha. O utensílio para preservar o meio ambiente está disponível nas plataformas IOs e Android. Toda denúncia ou proposta para resgate dos bichos será encaminhada ao Instituto Argonauta.
O órgão ambientalista responsável afirma que o cidadão que dispor da tecnologia mobile está apto a denunciar práticas que agridam ao meio ambiente. Adiante, se a queixa tiver argumentos e provas que se sustentam, a entidade poderá encaminhar o material ao Ministério Público para que as devidas providências sejam efetivadas.
Segundo o presidente do Instituto Argonauta, Hugo Gallo, o acessório tecnológico é um sonho antigo, que agora se tornou realidade. “Estamos felizes com a realização do projeto”, disse. Já para a coordenadora da instituição, Carla Beatriz, o App vai somar e contribuir muito com os esforços para conservação ambiental e marinha.
Conforme o presidente do órgão ambiental, as pessoas terão autonomia para monitorar e registrar fatos incorretos. “Seja um comerciante local, um turista ou um trabalhador, qualquer um que baixar o App no celular poderá compartilhar fotos e nos enviar a localização da ocorrência”, acrescentou.
O Instituto Argonauta está presente em Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela. No entanto, a ajuda da sociedade é significativa. Nos 19 anos de atuação do setor, 70% dos incidentes atendidos tiveram participação da população. Há mais ocorrências na pesca predatória, que é um dos principais fatores para o aumento da mortalidade da vida marinha.