Na última sexta-feira (11), a Rede de Organizações Não-Governamentais da Mata Atlântica (RMA) divulgou uma nota pública intitulada “Não esqueçam a Mata Atlântica”. No texto, a RMA defende que não apenas a Amazônia, mas todos os biomas brasileiros merecem ser reconhecidos por sua importância.
“Em particular, queremos lembrar da Mata Atlântica, a primeira floresta a enfrentar o desmatamento em larga escala – ao ponto de restarem pouco mais de 12% da sua cobertura florestal original – e onde vivem hoje 152 milhões de brasileiros, ou 72% da população. População esta que depende de suas florestas para o abastecimento hídrico e para a manutenção da sua qualidade de vida e bem-estar”, destaca a nota.
As organizações afirmam que, enquanto na Amazônia a grilagem de terras e o avanço da fronteira agropecuária são os principais vetores do desmatamento, na Mata Atlântica é a especulação imobiliária e o crescimento urbano desordenado que seguem reduzindo ainda mais seus remanescentes.
A RMA denuncia que o bioma também vem sendo ameaçado no campo jurídico. “O Despacho MMA 4.410/2020 procurou relativizar a Lei da Mata Atlântica, permitindo que proprietários rurais não recuperem Áreas de Proteção Permanente desmatadas e ocupadas até julho de 2008. Ainda que tal despacho tenha sido revogado, o governo federal aciona o STF na tentativa descabida de legitimar essa medida.”
A nota cita, ainda, outros exemplos da vulnerabilidade atual do bioma. Leia o texto na íntegra.