A beleza natural de Ilhabela encanta quem chega pela balsa durante a travessia pelo Canal de São Sebastião. Não importa quantas vezes os turistas visitem a ilha, estão sempre com câmeras fotográficas em mãos, prontos para registrar os primeiros momentos no arquipélago, que completa hoje, 3 de setembro, 220 anos de emancipação político-administrativa.
Atualmente, segundo estimativa do IBGE, 34.930 pessoas vivem na ilha, que tem o turismo como principal atividade econômica. Distante cerca de 210 quilômetros da capital do estado de São Paulo e 440 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, o arquipélago é uma das principais cidades indutoras do turismo no Brasil, reconhecida internacionalmente.
Ilhabela possui 42 praias, mais de 40 cachoeiras, trilhas diversas, espécies endêmicas de aves, picos elevados e montanhosos, paisagens exuberantes, além de ser a Capital Internacional de Vela, esporte com alto nível de reconhecimento, atraindo visitantes de todo mundo no mês de julho.
A cidade é a campeã em preservação ambiental, na qual 83% de sua extensão é considerada Parque Estadual de Ilhabela, que conta com uma área protegida de 27 mil hectares. Fundado em 1977, o Parque é composto por nove ilhas, algumas ilhotas e as lajes da Garoupa e do Carvão. Ele abriga ecossistemas como a Mata Atlântica, a restinga e os manguezais. Possui um ecossistema rico com centenas de espécies de mamíferos, répteis e aves, muitas delas em extinção, como o rato cururuá.
No livro “Duas viagens ao Brasil” (1557), escrito por Hans Staden, o alemão apontava o arquipélago como “troca de mercadorias e resgate de prisioneiros”. É certo que antes da chegada do povoamento Europeu, já existiam pessoas vivendo ali, tendo em vista os “concheiros”, pequenos sítios arqueológicos descobertos e que a partir deles, presume-se que essas pequenas organizações sociais ainda não detinham domínio da agricultura, sobrevivendo apenas da pesca.
A população caiçara sempre baseou sua alimentação em torno dos frutos extraídos do mar, mas atualmente o turismo representa o maior valor econômico que abastece a cidade e o fluxo de renda. Empresários, comerciantes, artesãos e artistas, todos se beneficiam do capital trazido pelos visitantes, em maior volume na alta temporada.
Rica em belezas naturais, também não deixa nada a desejar no aspecto cultural. Artistas ilhabelenses, inspiram-se em sua terra natal para compor suas obras; o escultor Gilmar Pinna, projetou uma obra de mais de dez metros para homenagear a cidade. Já o jornalista e escritor Nivaldo Simões, redigiu “Uma viagem pela história do arquipélago de Ilhabela”, para eternizar histórias, dados e acontecimentos locais, de forma a se tornar inesquecível a todos que por lá passam ou a habitam.
Redação/Tamoios News