Prefeitura dá novo prazo para cartão escolar

Pregão será aberto nesta terça-feira (18)

Por Leonardo Rodrigues, de São Sebastião

Colaboração Rafael César, de São Sebastião

O cartão educação, uma das promessas de campanha do prefeito Felipe Augusto (PSDB) em São Sebastião, que foi assunto inclusive durante a transição de governo e que seria implantado no inicio do ano, deve sair definitivamente do papel no próximo mês, segundo estimativa da Administração Municipal.

Isto porque a Prefeitura considera o mês de maio como prazo limite para que os alunos da rede municipal recebam o cartão que permite a compra do material escolar apesar das aulas já terem começado há dois meses.

A Administração admitiu que ainda não conseguiu implementar o cartão devido a um atraso no processo de contratação da empresa que irá administrar o benefício. “Na última semana foi publicado edital e na terça-feira (18) será realizado pregão e todos os trâmites burocráticos terminam em abril. Em maio os alunos já poderão fazer uso do cartão”, disse o prefeito Felipe Augusto em entrevista ao Tamoios News.

A implantação deste novo sistema foi uma forma que a atual administração encontrou para adquirir o material diretamente das papelarias da cidade. Este método rompe com o modelo anteriormente utilizado, que abria espaço para estabelecimentos de outras regiões participarem e que cabia à própria Administração montar os kits e entregar aos alunos em sala de aula.

O prefeito explica que são 16 papelarias da cidade que precisam se adaptar à venda na rede pública. “Solicitamos ao Tribunal de Contas do Estado que acompanhasse a implementação desta iniciativa. Afinal, não abro mão de deixar o dinheiro público no município. Mesmo que isso cause desgaste com alguns pseudos defensores da Educação. O dinheiro tem que ficar aqui na cidade e minha escolha é defender o comércio local”, afirmou.

Melhor Planejado

O atraso na entrega do cartão escolar está sendo alvo, inclusive, de críticas no legislativo. Professor da Rede Municipal de Ensino, o vereador Gleivison Gaspar (PMDB) acredita que faltou planejamento por parte da Administração para garantir o material no prazo correto.

“Uma falta de respeito com os prazos do ano letivo. É uma trapalhada e isso não era para estar sendo pensado agora. A licitação abre no dia 18 e sempre há desdobramentos, ou seja, este cartão vai chegar para o aluno somente no segundo semestre”, calculou Gaspar.

Na avaliação do vereador o cartão deveria ser implantado somente no próximo ano letivo. “A maneira mais eficaz seria em discussão com o Tribunal de Contas, que já rejeitou a mesma ideia em outras cidades e pensar isso para o ano que vem”.