A Prefeitura de Caraguá está relacionando os medicamentos de alto custo, em falta no município, e de distribuição exclusiva do estado, para fazer a compra e manter o tratamento dos usuários.
Segundo a Central de Medicamentos da Prefeitura, cerca de 21 medicamentos estariam em falta. Na listagem fornecida pela Central de Medicamentos, constam remédios, colírios e até morfina, usados para tratamento de esquizofrenia, epilepsia, glaucoma, intestino e colesterol alto.
A Central de Medicamentos informou que medicamentos usados em tratamento de oncologia não estão em falta. Esses medicamentos estão sendo distribuídos pelo estado.
Em release enviado no período da tarde, pela prefeitura, constava 21 medicamentos, muitos deles, não citados na listagem informada pela Central de Medicamentos.
Desde 2017, usuários deste tipo de medicação têm tido dificuldade em receber as remessas que deveriam ser fornecidas pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Segundo a prefeitura, a compra destes medicamentos será feita até que o Governo do Estado de São Paulo volte a fornecê-los.
O secretário de Saúde de Caraguatatuba, Amauri Toledo, afirma que serão comprados 21 medicamentos.
“Teremos um instrumento legal para comprarmos estas medicações. Um pedido de compra foi feito e, agora, já aguardamos a chegada dos mesmos com previsão de entrega até o final de setembro”, destacou.
Confira a lista de remédios: Atorvastatina 10 mg, Azatioprina 50 mg, Calcitriol 0,25 mcg, Clozapina 100 mg, Codeína 30 mg, Donepezila 5 mg, Fingolimode 0,5 mg, Hidroxicloroquina 400 mg, Isotretinoina 20 mg, Lamotrigina 100 mg, Leuprorrelina 3,75 mg, Metadona 10 mg, Metotrexate 2,5 mg, Pancreatina 10000, Quetiapina 100 mg, Quetiapina 25 mg, Risperidona 1 mg, Risperidona 2 mg, Somatropina 12 ui, Topiramato 25 mg e Topiramato 50 mg
Estado
A lista de medicamentos que obtivemos, diretamente com a Central de Medicamentos, da Prefeitura, difere da lista divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.
Na lista, contendo 17 medicamentos, que passamos para checar com o Estado, seis estão disponíveis: Morfina, Timolol, Lamotrigina, Budesnoida, Risedronato e Latanoprosta.
Outros três, Benzafridato, Risperidona e Mesalazina, segundo a secretaria estadual, estão em fase de entrega pelos fornecedores, aos quais foi solicitada celeridade na entrega.
Repassamos à secretaria estadual de Saúde, a lista oficial enviada pela assessoria de imprensa, para nova conferência. A resposta deve vir amanhã, quinta(6).
A secretaria estadual esclarece que o SUS (Sistema Único de Saúde) distribui mais de 1.000 tipos de medicamentos em diferentes apresentações no Estado de São Paulo.
Para atender os pacientes cadastrados no programa de Medicamentos Especializados (Alto Custo) em todo o Estado, a pasta estadual realiza planejamento periódico dos estoques, com base no consumo e mais uma margem de segurança para garantir que a unidade tenha estoque até que seja abastecida pela próxima compra.
Mas, alguns fatores, alheios ao planejamento da pasta, podem ocasionar desabastecimentos temporários, como aumento inesperado de demanda (acima da margem de segurança prevista), atraso por parte do fornecedor, logística de distribuição do Ministério da Saúde, pregões “vazios” (quando nenhuma empresa oferta o medicamento) ou pregões “fracassados” (quando as empresas estabelecem preços acima da média de mercado, o que inviabiliza legalmente a aquisição).