Na sexta-feira passada (21), a prefeitura de Ilhabela determinou que o transporte público, a partir do dia 22, voltasse a funcionar com a frota completa e com 100% de sua capacidade de passageiros sentados por veículo, proibindo o transporte de passageiros em pé. Porém, nesta quarta-feira (26), a concessionária Fênix, responsável pelo serviço, protocolou ofício na prefeitura pedindo que a determinação seja revista.
Atualmente, a empresa opera com 12 veículos em circulação. Antes da pandemia, eram 22.
O morador de Ilhabela Arnaldo Júnior é usuário do transporte coletivo operado pela empresa Fênix. Na avaliação dele, a limpeza dos veículos, o wifi, o ar condicionado são pontos positivos, porém a logística de horários deixa a desejar. “Muitas vezes os horários não batem. Você pega um ônibus do sul da ilha, esse ônibus chega na Barra e muitas vezes o outro ônibus que você vai pegar pra ir até o Perequê ou até a Vila já saiu. Então acho que deveriam montar uma logística diferente”, sugere.
A moradora de Ilhabela Bárbara da Silva Santos utiliza o transporte coletivo no município para ir de Itaquanduba até a Barra. Ela conta que os passageiros estão utilizando máscaras nos ônibus, mas que são poucos veículos, poucos horários e que está tendo aglomeração.
Fênix
A direção da empresa afirma que realiza o acompanhamento diário da demanda de passageiros, a fim de evitar superlotação. A Fênix classificou o retorno de 100% da frota como uma medida “antieconômica”, alegando que a oferta será maior que a demanda, pois o número de passageiros diminuiu durante a pandemia e ainda não retornou à normalidade. A concessionária propõe o retorno proporcional da frota conforme aumento da demanda.
Prefeitura
Até o fechamento desta matéria, a prefeitura não se manifestou sobre o ofício encaminhado pela concessionária Fênix.
*Texto: Renata Takahashi / Tamoios News
