Pressionados pelos moradores que compareceram à sessão na noite desta terça (10), com apitos, cartazes e palavras de ordem, os vereadores de Ubatuba adiaram por uma sessão a discussão do projeto de lei que autoriza a prefeitura a contrair empréstimo de R$ 10 milhões com a CEF(Caixa Econômica Federal) através do Finisa- Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento.
Os vereadores foram surpreendidos pela presença dos moradores à sessão. O vereador Bibi foi quem propôs o adiamento. O vereador entendeu que é melhor avaliar com a população para saber se ela é favorável ou não ao empréstimo. Bibi foi o único vereador a votar contra um empréstimo de R$ 20 milhões obtido em junho pela prefeitura.

Vereador Bibi sugeriu o adiamento
O prefeito Délcio Sato obteve no final de junho a verba da CEF para pavimentação asfáltica e recapeamento de ruas. Muitos moradores questionam a qualidade e espessura do asfalto colocado nas ruas dos bairros já beneficiados.
O vereador José Roberto Monteiro Júnior(JR) também reivindicou o adiamento da liberação dos R$ 10 milhões. Ele disse que antes de liberar o novo empréstimo a prefeitura deve prestar contas sobre onde foram gastos os R$ 20 milhões liberados anteriormente.

Vereador JR disse que população quer que prefeitura preste contas do uso dos R$ 20 milhões liberados em junho
Sob o aplausos dos moradores presentes à sessão, os parlamentares acataram o adiamento do projeto por uma sessão. O presidente da Câmara, Silvio Brandão deverá marcar uma sessão extraordinária para a apreciação do empréstimo.
O jornalista Ednelson Prado, um dos moradores contrário à liberação do empréstimo, disse através das redes sociais que a presença dos moradores foi importante, mas que a pressão deve ser mantida na sessão extraordinária que discutirá novamente o projeto de lei.

Prefeitura faz pavimentação, mas em alguns bairros, moradores questionam a qualidade e a espessura do material usado
Júlio Prates suspeita que a Câmara realizará a sessão extraordinária na surdina para evitar a pressão da população. Para alguns moradores, não seria correto a prefeitura iniciar 2020 com dívidas de R$ 30 milhões devido a aprovação dos empréstimos junto a CEF.