A reunião durou cerca de uma hora e meia; Discussões de requerimento foram rápidas e não houve nenhuma matéria a ser apreciada na ordem do dia
Por Rafael César, de São Sebastião
A sessão de Câmara de São Sebastião não foi muito movimentada, na última terça-feira (2). A reunião marcou a volta dos trabalhos parlamentares, logo após o recesso do mês de julho. Todos os vereadores compareceram ao encontro e discutiram seis requerimentos que solicitavam melhorias em ruas, quadras, escolas, hospitais e serviços de atendimentos da Polícia Rodoviária.
Além dos requerimentos, houve a leitura de dois vetos do executivo e do jurídico da Prefeitura. Um dos projetos de lei vetados era de autoria do vereador Jair Pires (PSDB) e o outro do vereador Ercílio de Souza (SD).
O projeto criado por Jair Pires proíbe a inauguração de obras públicas incompletas. Já a propositura do vereador Ercílio determina a obrigatoriedade de reserva de 5% das vagas de emprego para mulheres e pessoas com mobilidade reduzida.
“Sei que o veto não foi acatado pela Casa Legislativa ainda. Entretanto, não fiquei feliz com essa negativa do Executivo. Realmente, não consigo acreditar que esse projeto recebeu esse parecer”, falou Ercílio no plenário.
Também ocorreu a leitura de um PL de autoria do Executivo que dispõe sobre a abertura de crédito especial e a criação de um Fundo Municipal ao Procon local. O Executivo trouxe também um projeto de lei complementar que reescreve área de Zeis (Zona de Especial Interesse Social), na Vila Sahy. Os vetos e os projetos serão votados na próxima ordem do dia.
Para o advogado Eid de Paula Ferreira, 66, que assistiu à sessão inteira, deveria ter pelo menos mais um assunto em pauta na reunião. “Gostei de alguns debates relacionados à saúde. Eu vim ver uma solicitação que fiz a um dos vereadores para investigar a contratação de pessoas não concursadas para cargos públicos ligados à educação da região, mas não foi debatido. Vejo assuntos discutidos de forma errônea pelos vereadores em determinados momentos”, disse.
A rapidez da sessão e as novas alianças políticas
Alguns vereadores esclareceram os motivos da sessão ter sido tão rápida, comparada com outras. Segundo o vereador Onofre Neto (DEM), as convenções do final de semana acabaram refletindo no encurtamento do período de atividades parlamentares dessa terça-feira (2).
Já na opinião do vereador Ernane Primazzi (PSC), o Ernaninho, a sessão foi normal e o fato de ter acabado mais cedo foi apenas pelo pequeno número de requerimentos apresentados. “Estou acostumado com essa época. Os trabalhos nos gabinetes dobram e aqui não muda nada. Vemos alianças políticas novas, mas a democracia prevalece”, afirmou.
O vereador Marcos Tenório (PSC) acha as mudanças de lado são normais na política e diz que a população não pode ser afetada por isso. “Muitas pessoas mudam de conceito na vida política temos que respeitar, afinal, nós vivemos em uma democracia. Mas não deve ter confrontos e embates em certas situações, porque o povo depende da aproximação dos políticos para vários serviços”, concluiu.
