O projeto Visão Costeira, mantido pela Prefeitura de São Sebastião, realizou a última navegação do ano, na sexta-feira (2), com estudantes dos sétimos anos da escola Antonio Luiz Monteiro, de Boiçucanga, Costa Sul.
O projeto, implantado em 2011, já atendeu mais de 3 mil estudantes da rede pública municipal – incluindo as escolas de fundamental 2 e algumas do fundamental 1. Além da rede estadual, privada e de ensino superior, totalizando mais de 60 navegações.
Segundo a administração, cada navegação proporciona um aprendizado diferente nas mais variadas disciplinas, além da sala de aula, como matemática, ciências, história e geografia.
De acordo com o professor de Ciências, José Mário dos Santos Filho, a expedição marítima é inesquecível para todos que participam. “O projeto proporciona que o conhecimento efetivo seja absorvido de uma maneira muito bacana, é uma troca constante que agrega e combina a teoria e a prática. Os alunos aproveitam bastante e nós professores também”, disse.
As estudantes Nicoly Gomes dos Santos, 13, e Maria Fernanda Galvão Chaves, 12, contaram que a experiência foi incrível. “Estávamos muito ansiosas para a navegação e superou as expectativas. Aprendemos coisas bem legais, as histórias e origens dos nomes das praias, a lenda de amor do Pontal da Cruz, sobre as características da nossa cidade, do mar, dos ventos, São Sebastião vista do mar é linda”, completaram as jovens.
No período da tarde, os estudantes puderam conhecer outro projeto ambiental na Praia Grande, onde fica o Balneário dos Trabalhadores: a fazenda marítima de peixes bijupirás, com a reprodução de alevinos em cativeiro. O projeto Bijupirá foi planejado para o setor pesqueiro visando estímulos econômicos, sociais e ambientais. Seu objetivo é desenvolver atividade de piscicultura marinha, protegendo o meio ambiente e estimulando a cadeia produtiva do pescado.
O Bijupirá é um peixe nativo presente na costa brasileira apreciado pelo sabor e textura da sua carne. Ele apresenta características importantes para a viabilidade de cultivo, como crescimento acelerado, podendo chegar a cinco quilos em um ano, e excelente conversão alimentar. A reprodução e o desenvolvimento de alevinos na cidade são realizados de forma natural – sem uso de hormônios ou aditivos químicos.
