Política Ubatuba

Protesto pacífico na Câmara de Ubatuba marca primeira sessão de 2017

Tamoios News
Fotos: Raell Nunes

Apesar da manifestação, sessão seguiu tranquila e com sinais de que o Legislativo e o Executivo estão em harmônia

Por Raell Nunes, de Ubatuba

Após o recesso parlamentar, os dez vereadores de Ubatuba voltaram a trabalhar em sessão ordinária, nesta terça-feira (7). No retorno das atividades, eles se depararam com mais um protesto contra o aumento dos próprios salários, ocorrido no fim do ano passado, em mais de 25%. Os vencimentos mensais saíram de R$ 8 mil para mais de R$ 10 mil mensais.

Diferente dos últimos protestos pelo mesmo motivo, este foi mais silencioso. Pacificamente os manifestantes levantaram cartazes contra o acréscimo no subsídio dos representantes do Poder Legislativo. A reunião no plenário seguiu normalmente – com cinco projetos de lei do Executivo em pauta.

O presidente da Câmara, Silvinho Brandão (PSDB), conseguiu seguir comandando a sessão e promover as votações das proposituras expostas ao público. Cerca de 100 pessoas acompanhavam os trabalhos na nova Casa de Leis.

Alguns protestantes chegaram a levar seus cartazes para áreas bem próximas aos vereadores ao longo da sessão. No entanto, os legisladores não se intimidaram com a situação e prosseguiram suas falas. Para os manifestantes, o ato foi ignorado pelos legisladores.

A rotina no plenário também deu sinais – ao menos de primeiro momento – que os vereadores estão apoiando as decisões do prefeito Délcio José Sato (PSD). Foram feitas avaliações positivas referentes à fiscalização dos ambulantes nas praias, limpeza na cidade e outras ações benéficas à municipalidade. O comportamento dos trabalhos na casa foi diferente dos últimos quatro anos, quando a maioria da Câmara era oposição ao governo Maurício Moromizato (PT). O ano de 2017 começa com os dois poderes sinalizando harmônia.

Ao término das discussões da pauta, os manifestantes foram para o lado de fora. Eles improvisaram um microfone e uma caixa de som, para reclamar da situação. “Fomos ignorados. O que eles fizeram é, além de imoral, ilegal”, acusavam. Segundo os mesmos, há inconstitucionalidade na proposta de aumentar os próprios salários, baseado nas leis n° 3.963/2016 e 3.605/2012.

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