A comunidade quilombola do Sertão de Itamambuca acaba de inaugurar a cozinha comunitária e a implantação da compostagem de resíduos orgânicos oriundos da própria cozinha e que serão transformados em adubo e biofertilizante.
As ações socioambientais no Quilombo vêm se ampliando e fortalecendo a comunidade graças ao Projeto Quilombo Sustentável, realizado pelo Instituto Terroá em colaboração com a Associação dos Remanescentes de Quilombo da Comunidade do Sertão de Itamambuca e em parceria com a Petrobras.
A participação ativa dos comunitários na implantação da cozinha e da composteira foi essencial e, além de se envolverem nas construções, participaram do curso Boas Práticas de Produção de Alimentos e da oficina teórico-prática sobre Compostagem.
A formação do curso de Boas Práticas de Produção de Alimentos foi realizada pelo Projeto Quilombo Sustentável e conduzida pela nutricionista Natália Pagliusi, que possui experiência no PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e auditoria. A nutricionista trouxe sua experiência prática na formação e capacitação de equipes, oferecendo soluções personalizadas e aplicadas às necessidades da nova cozinha comunitária. As participantes foram capacitadas para preparar e servir refeições tradicionais de maneira segura e saudável, compreendendo os principais cuidados na manipulação de alimentos e na prevenção de doenças.
Na oficina de compostagem, os comunitários aprenderam as manutenções necessárias para o bom funcionamento do sistema e seus resultados a partir da destinação adequada dos resíduos orgânicos, inclusive com a possibilidade de geração de renda pela venda do adubo.
Com essa formação, as comunitárias do quilombo e atuais cozinheiras, já começaram a servir refeições para os eventos realizados na comunidade, como o 1° Encontro entre Artesãs e Artesãos, parte do Projeto Raízes que Tecem, promovido pelo Instituto Capiá, e integrado ao programa Olhos d’água – Escolas Livres de Arte e Cultura do Ministério da Cultura, realizado na sede do Quilombo.
No encontro, que reuniu artesãos do Camburi, Quilombo da Fazenda, Sertão do Ubatumirim, Sertão do Promirim e Quilombo Sertão do Itamambuca, cerca de 50 pessoas degustaram o café da manhã, almoço e café da tarde produzidos pelas comunitárias com pratos da culinária tradicional quilombola.
A cozinha comunitária faz parte do Turismo de Base Comunitária do Quilombo, e está aberta para visitação juntamente com os demais atrativos: trilhas, rodas de conversa, vivência de ervas medicinais, vivências de artesanato, entre outros.
A coordenadora do projeto Quilombo Sustentável, Raquel Pagan, fala do fortalecimento da comunidade, suas conquistas e o futuro promissor: “Neste momento do projeto, estamos aplicando a “Escala de Maturidade”: uma metodologia do Instituto Terroá que tem como objetivo conhecer e compreender o funcionamento da organização, fomentando o fortalecimento de uma cultura de planejamento e tomadas de decisões que possam potencializar as ações para o desenvolvimento organizacional e territorial. Ela foi aplicada em janeiro/2023, no início do projeto, e teremos uma nova aplicação agora, para mensurar o desenvolvimento do Quilombo nestes dois anos de projeto. E já é possível percebermos os resultados positivos que o projeto vem proporcionando para toda a comunidade e os frutos que ainda serão colhidos. Muito aprendizado de ambas as partes. Uma honra fazer parte!”
Para mais informações, os interessados devem acessar o site www.quilombosertaodeitamambuca.com.br e entrar em contato pelo telefone de agendamento.
Realização do Instituto Terroá, com apoio e colaboração da ARQCSI – Associação dos Remanescentes de Quilombo da Comunidade do Sertão de Itamambuca – e em parceria com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Fonte: Assessoria de Imprensa