Sociedade organizou greve geral em todo o país nesta quarta-feira (15) contra a reforma da Previdência e do Trabalho
Por Raell Nunes, de Ubatuba
Em sessão nessa terça-feira (14), com cerca de 50 pessoas presentes, o Legislativo de Ubatuba debateu o assunto que virou notícia e motivo de discussão no cenário nacional: a reforma da Previdência Social.
A proposta do presidente Michel Temer (PMDB) prevê que homens e mulheres se aposentem com a idade mínima de 65 anos. A base governista também pretende que o trabalhador contribua 49 anos para ter direito à aposentadoria integral.
Alguns ubatubenses presentes na Casa de Leis afirmaram que a população não pode pagar por eventuais erros do governo. Os munícipes disseram que os trabalhadores rurais, os pescadores e as mulheres seriam os mais prejudicados com a nova regra.
“Espero que essa pretensão de reforma [da Previdência] acabe logo”, se manifestou em plenário o vereador Manuel Marques (PT). Em seguida, ele comentou que o projeto é prejudicial somente à classe trabalhista.
O legislador Pastor Claudnei Xavier (PSDB) declarou que o Brasil precisa ir às ruas como fez nas “Diretas Já”. O tucano diz acreditar que, se o plano do atual presidente da república se concretizar, a situação afetará a vida de todos.
Único representante do PCdoB na Câmara, Adão Pereira falou que nesta quarta (15), às 12h, estará no centro da cidade informando a população sobre os problemas da reforma da Previdência. Ele ressaltou que, no mesmo dia, às 19h, a sede do Legislativo estará de portas abertas para uma conversa referente ao assunto.
Já no panorama nacional, sindicatos e movimentos sociais realizam paralisações em pelo menos 25 estados e protestos contra a reforma da Previdência e do trabalho.
Em contraponto, peemedebistas alegam que a Reforma da Previdência precisa ser feita, pois assim evita-se um estrangulamento nos gastos discricionários, como investimentos em obras e custeamento de projetos sociais. Políticos ligados a Temer falam que, se o país não aderir à reestruturação, o governo não vai poder arcar com essas despesas depois de 2024.