Chuvas São Sebastião

São Sebastião concentra campanha de doação em produtos de limpeza, fraldas, móveis e eletrodomésticos

Tamoios News
Foto: Danilo Soares/PMSS

Presidente do Fundo Social diz que encerrou arrecadação de roupa e água aos desabrigados pela chuva

 


Por Leonardo Rodrigues

O Fundo Social de Solidariedade de São Sebastião está encerrando a campanha de doação de roupas e água nesta semana. No momento as necessidades das famílias que foram atingidas pelas chuvas da última semana, se concentram em fraldas, produtos de limpeza, móveis e utensílios domésticos. De acordo com a presidente do Fundo Social, Michelli Veneziani da Silva Augusto, no momento as arrecadações estão sendo decentralizadas para serem distribuídas às famílias.

“No Centro Comunitário da Topolândia, um dos pontos de recebimento e distribuição, os donativos estão sendo divididos para serem entregues às comunidades”, diz a primeira-dama.

As arrecadações têm o acompanhamento da Assistência Social, que faz uma triagem para avaliar as necessidades daqueles que foram desabrigados pelas chuvas. Mais de 500 pessoas foram atendidas pelas equipes da Prefeitura. Hoje, das quase 30 famílias que tiveram que deixar suas casas, apenas seis ainda estão em abrigo do Fundo Social. O restante já retornou para seus lares.

“Quando as famílias chegaram já eram recebidas com roupas e cobertor, as crianças com brinquedos. Nossa estratégia era receber essas pessoas com carinho, e assim fazer a diferença”, comenta.

Solidariedade – Michelli Veneziani Augusto ressalta o comprometimento de voluntários, e se diz impressionada com a solidariedade da população sebastianense, e da região do Litoral Norte e Vale do Paraíba. “Recebemos caminhões de doação de Caraguatatuba, Ubatuba, São José dos Campos, Pindamonhagaba, do Fundo Social do Estado, de igrejas, clubes, comércio, empresas. Muita gente que formaram uma corrente do bem”, descreve.

Para ela, diante de uma dificuldade, a região se mostrou unida independente de partidos, ou grupos políticos. “Há um novo conceito na política, em que os esforços são para buscar o que é melhor para as pessoas. Independentemente de legendas”.

Roupas doadas passam por triagem no Centro Comunitário da Topolândia

Distorções – A presidente do Fundo Social fala ainda que mesmo durante uma ação solidária é preciso cautela para não haver distorções, ou mal entendidos. Ela cita como exemplo, a doação de água que recebeu de Caraguatatuba. “Na ocasião, quando chegou o caminhão nós já estávamos com um estoque de água. Nesse item, eu sabia que Ilhabela ainda estava precisando. Não pensei duas vezes, optei por encaminhar aquela doação para Ilhabela. Hoje os itens que ainda carecemos são produtos de limpeza, fraldas, eletrodomésticos e móveis”, conta.

Michelli conta ainda que para não ser mal interpretada ligou para a primeira-dama de Caraguá, Samara Aguilar, para explicar o ocorrido. “Falei com a Samara e falei da nossa condição naquele momento, e por pensar em uma melhor logística, nos solidarizamos também com Ilhabela, que estava na mesma situação que nós”.

Ela classifica como “politicagem” as tentativas de distorção. “As pessoas estão cansadas disso. As pessoas viram a gente trabalhando, e vieram e também ajudaram. O resto é politicagem”.

Doações em dinheiro – Questionada sobre doações em dinheiro, Michelli afirma que não recebe “nada em mãos”. Ela explica que abriu essa alternativa depois de ter sido procurada por pessoas que preferiam colaborar desta forma.

“O Fundo tem hoje sete contas, com CNPJ, para cada projeto. Não mexo com dinheiro. Confesso que nem sei o quanto recebemos de doação em dinheiro. Não vi ainda o saldo. Mas há aqueles que preferem ajudar assim”, diz.

Dificuldades – Apesar de parte das doações estarem encerradas, Michelli considera que o trabalho continua na inclusão das pessoas atingidas, em condições melhores. “Muitos foram atingidos por estarem em áreas de risco. Há um esforço, estamos estudando para uma agilidade em políticas habitacionais no município. O Felipe (prefeito) está correndo, ontem em São Paulo, hoje em Brasília, atrás de convênios, e apoio para isso”.

No entanto, ela também contabiliza entre os estragos causados pela chuva, a própria estrutura administrativa. “Nós vamos precisar de tempo também. Estamos sem sistema, o Paço Municipal foi destruído, perdemos equipamentos, arquivos e documentos foram atingidos”, fala.

Segundo a primeira-dama as dificuldades aumentam com a proximidade do Jogos Regionais do Idoso (Jori), que ocorrem em São Sebastião de 28 de fevereiro a 4 de março. “Estamos correndo para deixar a cidade pronta. Mas com todas as dificuldades estamos enxugando os custos, sem perder a receptividade que garantiu mais uma edição do Jori pelo segundo ano consecutivo”.

Para alcançar os objetivos, a presidente do Fundo Social diz ser possível com a colaboração e compreensão da população

 

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