Nanossatélite Tancredo-1 entrou em órbita há 9 meses e fez a reentrada nessa quarta-feira (18)
O satélite Tancredo-1, construído por uma turma de alunos da Escola Municipal Presidente Tancredo Neves, em Ubatuba, fez a reentrada na atmosfera terrestre nessa quarta-feira (18). O nanossatélite foi lançado ao espaço em 9 de dezembro de 2016, do Centro Espacial Tanegashima, no Japão.
Com 9 cm de diâmetro e 13 cm de altura, o equipamento de 700 gramas foi totalmente construído no Brasil com o apoio do INPE e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e com 800 crianças que passaram pelo projeto nesses 7 anos.
O Tancredo-1 esteve em órbita por 9 meses e carregou duas sondas consigo: uma carga útil com uma mensagem gravada por uma aluna em português/inglês que foi transmitida de órbita e captada por rádios amadores nos primeiros dias no espaço; e outra sonda para estudar a formação de bolhas de plasma na ionosfera da Terra.
Depois do lançamento, o Tancredo-1 entrou em órbita em 16 de janeiro, dentro de um adaptador TuPOD. No dia 19 foi finalmente ejetado do TuPOD para o espaço.
A Estação Espacial Internacional (ISS) anunciou a lista de velhos satélites, restos ou partes de satélites que farão a reentrada na atmosfera da Terra nos próximos 1000 dias e o incluiu na lista. Desde a previsão até a reentrada, é monitorado a cada hora pelo site rastreador de satélites, Satview.org.
Trajetória e futuro –
Após a missão comprida com o Tancredo-1, os estudos continuam com a construção do Tancredo-2 que está sendo projetado e desenvolvido por uma nova turma de alunos. Ele será um cubsat, com a missão principal de detectar, por meio de um sensor, a ocorrência de raios na atmosfera da Terra. Ele vai coletar dados que auxiliem nos mapas com incidências de raios para previsões do tempo mais precisas.