A Vigilância em Saúde e o Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal de Ubatuba registraram aumento no número de casos de esporotricose na cidade – doença causada por fungo que pode afetar humanos e diversas espécies de animais, cuja manifestação característica é o aparecimento de feridas na pele e nas mucosas dos olhos, nariz e boca.
Ao longo deste ano, quatro casos foram diagnosticados em humanos e 25 foram positivados em animais, enquanto outros oito exames ainda aguardam o resultado na cidade.
O fungo Sporothrix schenckii pode ser encontrado naturalmente no solo, em plantas e madeiras, sendo transmitido por meio de um trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha, lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição, contato direto com as lesões, entre outros meios. Nos seres humanos, a infecção também se dá por arranhadura ou mordida de animais doentes.
Os primeiros sinais de contágio são lesões na pele, que começam com um pequeno caroço avermelhado, semelhante à picada de um mosquito, e pode evoluir para uma ferida de difícil cicatrização. Entre os sintomas, também podem ocorrer tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre.
Em caso de suspeita da doença, é importante procurar por atendimento médico para evitar complicações respiratórias e articulares, como inchaço, dor nos membros e dificuldade para se movimentar.
A esporotricose tem cura, tanto em humanos quanto nos animais acometidos. Por isso, não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. Procure o tratamento adequado e se informe sobre os cuidados necessários.
Confira outras dúvidas sobre a esporotricose:
O que devo fazer se for arranhado, mordido ou respingado pela saliva de um animal suspeito de esporotricose?
Nos casos de arranhadura ou mordida, a primeira coisa a fazer é lavar exaustivamente o local do ferimento com água e sabão. Caso tenha sido respingado pela saliva do animal na face ou nas mucosas, está recomendada a lavagem exaustiva do local com água ou solução fisiológica. Logo em seguida, procurar atendimento médico.
O que fazer se meu animal de estimação for infectado?
A primeira coisa a fazer é isolar o animal em um local seguro. Toda manipulação do animal deverá ser feita, obrigatoriamente, utilizando uma luva de látex e, além da área que ocupa, todos os seus objetos, incluindo brinquedos, precisam ser lavados com água e sabão e desinfetados diariamente. O animal deverá ser levado a um médico veterinário. Se confirmado o diagnóstico, o animal deverá ser tratado e não pode ser abandonado. Se for abandonado, seu dono estará contribuindo para a disseminação da enfermidade, além de abandono de animais ser crime. Em caso de morte do animal, seu dono deverá solicitar ao veterinário a incineração de seu animal para interromper o ciclo da doença.
Onde procurar por atendimento para o animal com sintomas de esporotricose?
Animais de estimação com sintomas sugestivos de esporotricose devem ser atendidos por um médico veterinário. Em Ubatuba, existem diversos serviços privados com médico veterinário e o Centro de Referência Animal – CRA – um serviço público da Prefeitura Municipal de Ubatuba que presta atendimento ambulatorial gratuito, com médico veterinário. O CRA fica na Avenida Pacaembu, 101, na Estufa I.
O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira. Mais informações pelo telefone (12) 3833-1085.
Onde posso informar/notificar um caso de animal com suspeita de esporotricose ou outras zoonoses?
Para comunicar/notificar casos suspeitos de esporotricose e de outras zoonoses entrar em contato com a Supervisão de Vigilância em Saúde, na Rua Cunhambebe, nº 521 – Centro de Ubatuba, pelo telefone (12) 3832-6810 ou pelo e-mail: spsubatuba@gmail.com. A Vigilância em Saúde funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Como se prevenir da esporotricose humana?
A principal medida de prevenção e controle a ser tomada é evitar a exposição direta ao fungo. É importante usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, bem como o uso de calçados em trabalhos rurais. Uma boa higienização das mãos e do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e assim, novas contaminações.
Fonte: Secretaria de Comunicação / PMU