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Comércio do litoral norte já demitiu mais de mil funcionários, alega sindicato

Tamoios News

Uma pesquisa realizada pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e Região), com escritórios de contabilidade das cidades de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, mostrou que o varejo do litoral norte já demitiu, até agora, ao menos 1.036 trabalhadores. Outros 1.734 contratos foram suspensos, com a MP 936, e 594 tiveram redução de jornada e salário.

Não fica claro na pesquisa do sindicato se as demissões ocorreram devido a pandemia ou ao término da temporada de verão quando tradicionalmente uma grande quantidade de trabalhadores são dispensados pela queda no movimento turístico e faturamento das empresas. Após a temporada, também, é comum o fechamento de empresas no Litoral Norte.

Perdas

O departamento de assessoria econômica do Sincovat também levantou as perdas diárias que o comércio desses municípios vêm sofrendo nesses 68 dias de portas fechadas, em razão da quarentena para combater o coronavírus.

De acordo com a entidade, as 4 cidades juntas, têm em média, um prejuízo de R$ 4,074 milhões por dia.

Em Caraguatatuba, o levantamento do Sincovat estima uma perda diária de R$ 1,840 milhão de receita bruta de vendas. Os lojistas já dispensaram 304 funcionários e realizaram 720 suspensões de contrato e 264 reduções de jornada e salário.

No município de Ubatuba, as perdas diárias no comércio giram em torno de R$ 1.096 milhão. Na cidade, foram dispensados 184 colaboradores do comércio, 235 tiveram seus contratos suspensos e outros 83 reduções no tempo de trabalho e remuneração proporcional.

Já em São Sebastião, foram 64 demissões, 166 contratos suspensos e 73 funcionários tiveram seus horários de trabalhos reduzidos. As perdas diárias de vendas brutas no varejo do município são de R$ 769 mil.

Em Ilhabela, o comércio perde todo dia cerca de R$ 368 mil. Foram 484 desligamentos, 623 suspensões de contrato e 174 reduções de jornada de trabalho e salário.

Para estimar o valor do faturamento bruto corrente no varejo dos municípios, o Sincovat usou como base de dados informações da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista), da FecomercioSP, com informações primárias da SEFAZ. Já sobre as demissões, suspensão do contrato de trabalho e redução de jornada e salário, o Sincovat ouviu 50 contabilidades do litoral, de um universo de 109 escritórios, entre os dias 18 e 21 de maio.