BMW Motorrad foi o primeiro no segundo dia de disputas da 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela
A segunda-feira(15) foi dos estreantes na 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela. Das 120 equipes inscritas na competição, várias disputaram pela primeira vez uma regata de percurso longo.
Surfista de ondas gigantes, a estreante Maya Gabeira viveu a experiência de ser fita azul na prova Ilha de Toque-Toque, a bordo do BMW Motorrad, da classe ORC. O barco é comandado pelo atleta olímpico Lars Grael.
Quase todas as classes foram para a disputa da regata Ilha de Toque-Toque, prova de 25 milhas náuticas, nesta segunda-feira (15). Apesar do vento fraco, com velocidade média de 5 nós, a correnteza forte ajudou os velejadores que escolheram o lado da costa para velejar. Apenas a flotilha da HPE-25 ficou em terra, e volta à disputa nesta terça (16).
Apesar do vento fraco, as condições favoreceram o BMW Motorrad, de acordo com Maya Gabeira. “O barco anda bem no contravento, e tivemos muita maré contra em 80% do percurso. Fizemos uma boa estratégia de regata, andamos super bem. Chegamos rápido na ilha de Toque-Toque e ficamos numa boa posição até o fim. Estamos super animados”, analisou Maya.
“Hoje tivemos a regata longa, que deveria ser a que contorna Alcatrazes, mas a organização tomou a decisão de diminuir o percurso, por conta da situação dos ventos. Fomos até Toque-Toque. Tivemos uma corrente contra, que fez com que deixássemos a flotilha perto da terra, arriscando perto das praias e pedras. Diversas manobras nada fáceis de se fazer”, explicou Lars Grael, comandante do BMW Motorrad.
“Foi uma regata tecnicamente complicada, mas agradável, apesar do baixo tempo. Conseguimos a primeira posição na classe ORC, um resultado bastante gratificante pra nós”.
Também estreante na Semana de Vela, o comandante Francisco Matos já foi “do céu ao inferno” na competição a bordo do Pick Nick. O barco foi o fita azul da disputa entre os Multicascos, domingo (14). Já nesta segunda, na volta da Ilha de Toque-Toque, bateu no barco da comissão de regata ao tentar uma manobra e acabou desclassificado.
“A experiência dele é ótima. O comandante começou em Escola Naval e tudo mais. Foi capitão do esporte no Maranhão, era do DHN, ou seja, fazia de tudo. Ele tem 93 anos e está ensinando os ‘mais jovens’. Está velejando direto, com uma atividade completa”, destaca Jadir Serra, filho do comandante Matos. “Ontem conseguimos ir bem. A expectativa para a semana é muito boa.”
Comandante do barco Acaso, Ivonne Esteve ficou encantada com a experiência de disputar uma regata de longo percurso. “Foi uma prova ótima, passamos muito bem. Tivemos sorte de pegar muito vento. Foi minha primeira regata longa e foi tudo muito lindo. Ainda tem muito o que acontecer neste campeonato”, disse.
Após anos velejando de cruzeiro e fazendo travessias em solitário, o comandante Frederico Didoné reuniu uma tripulação mais competitiva no barco Caos Calmo na RGS, e fez sua primeira regata de longo percurso nesta segunda-feira (15). “É muito diferente de uma travessia em solitário, mas é muito bom. Disputar Toque-Toque foi uma experiência muito bonita. Somos em cinco pessoas no barco. Uma delas é o Felipe Linhares, da equipe Zeus da classe C-30, que não pôde vir a Ilhabela, e ele está nos ensinando muito”, contou Frederico.