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Servidores Municipais cruzam os braços em dia de greve geral em São Sebastião

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Centenas de servidores permanecem nesta terça-feira em frente ao Paço Municipal

Por Marcello Veríssimo

Centenas de servidores municipais, funcionários de carreira da Prefeitura de São Sebastião, permanecerão na porta do prédio sede maior do Poder Executivo municipal. O ato começou às 7h da manhã desta terça-feira (19) em frente ao pátio de obras antes de se concentrar na porta principal. A previsão é de que os manifestantes permaneçam até às 17h na frente da prefeitura e, depois, devem seguir para a Câmara Municipal acompanhar a votação da proposta da administração, já rejeitada em assembleia do sindicato de 6,28%, índice baixo da inflação de 8,13% da inflação no período e mais abaixo ainda do desejo da categoria que é de 15,63%, no repasse do dissídio, repasse que vai de acordo com a inflação, que é um direito constitucional do servidor, mas que os servidores municipais já estão dois anos sem receber, de acordo com o diretor do SindServ, Ivan Moreira Silva. “Estamos reivindicando nosso direito, não um favor”, disse ele. Além disso, segundo Ivan, outra reivindicação é com relação ao aumento no valor do vale refeição de R$16 pra R$25 e do vale alimentação R$180 para R$ 250. “Ele dizia que não ia dar nada até semana retrasada, aí como ele viu que o movimento ficou forte, agora está dizendo agora que vai dar 6,28”, completou o sindicalista. 

A força do movimento se caracterizou com a presença dos servidores com faixas, cartazes, narizes de palhaço, adesivos de “luto” e até um trio elétrico juntou servidores e curiosos na frente da prefeitura escancarando informações até então desconhecidas por muitos moradores. A prefeitura abriu por volta de 8h45 da manhã com guardas civis na porta dando sinais de que está na defensiva enquanto os trabalhadores mesmo com as palavras de ordem mantiveram o clima pacífico. “Não se deixem levar pelas ameaças, nós somos servidores, prestamos um concurso para essa prefeitura e merecemos respeito. Não é preciso que tenhamos medo, não estamos fazendo nada de errado. Pelo contrário, estamos defendendo o pão na mesa das nossas famílias. Não tenha medo”, afirmou a presidente do SindServ, Audrei Guatura, que assumiu a entidade em dezembro do ano passado. De acordo com o sindicato, nos últimos dois anos sem reajuste o servidor municipal acumula perdas de 15,6%. Aos poucos, antes das 8h da manhã, os funcionários foram chegando e, durante a manhã, segundo informações dos sindicalistas o movimento ganhou adesão também em bairros da costa sul como Barequeçaba, Boiçucanga e Juquehy. “Vamos paralisar o município no dia de hoje”, disse Moreira Silva.

A presidente do sindicato explicou que no sábado (16) foi convocada uma assembleia emergencial. “No dia 15, o prefeito chamou o sindicato para oferecer o índice do ano passado sem nenhuma correção, chamei a categoria em assembleia para ver se aceitávamos a proposta do prefeito ou mantínhamos a paralisação, optamos por manter a paralisação”. Um dos servidores que compareceu do manifesto, foi o agente de endemias, Warlei de Araujo Silva, 8 anos de funcionalismo publico. “Tá difícil, a gente entrou com uma promessa, existe aquela ilusão de que você vai ter um bom salário, benefícios, mas depois a ficha cai e vemos que não é assim: não somos valorizados, isso é um dos fatores”, disse ele. 

Dados dos manifestantes revelam que a Prefeitura de São Sebastião possui hoje cerca de 500 funcionários comissionados, muitos deles até fantasmas, ganhando os chamados “super salários” sem dar expediente todos os dias. “Existe uma cambada de fantasmas na administração e eles não tomam providências”., disse Ivan.

Até às 11h da manhã, a presidente do SindServ ou qualquer outro represente dos sindicalistas não receberam nenhum posicionamento do prefeito para receber os servidores e buscar um acordo. A assessoria de imprensa ficou de emitir uma nota oficial ao longo do dia.

 

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