Ela levou a premiação de R$ 15 mil; organizadores lutam para que o surfe feminino prospere
Por Raell Nunes, de Ubatuba
Mesmo com as condições climáticas desfavoráveis, com ondas ultrapassando os dois metros de altura, a cearense Silvana Lima fez excelentes manobras e se consagrou campeã brasileira de surfe feminino profissional, na praia do Itamambuca, em Ubatuba. O evento aconteceu neste final de semana e rendeu para a atleta R$ 15 mil.
A surfista já havia ganhado outras edições e agora se torna tetracampeã brasileira na categoria. Ainda na beira da praia, a esportista comemorou freneticamente a conquista. “Estou muito feliz. As condições estavam difíceis lá fora, então minha estratégia foi pegar as maiores ondas e manobrar o máximo possível. Tive sorte de pegar uma esquerda muito boa e quase tirei uma nota dez”, disse a vencedora de 31 anos.
Além da competição profissional, houve outros destaques. Tainá Hinckel, de apenas 13 anos, conquistou o título na categoria sub18. A jovem é natural de Guarda do Embaú (SC) e declarou estar contente com a vitória. “O mar estava mexido, mas consegui duas ondas salvadoras que me colocaram no pódio”, afirmou.
Já na categoria sub12 quem levantou o troféu foi Rafaela Coelho, também de Guarda do Embaú. Ela falou que se preparou bastante para este campeonato e gostou de seu resultado. Representando Ubatuba, na sub10, Naire Marquez conquistou a taça para o município. “Estou muito feliz por ela, o mar estava grande o que tornou tudo mais especial. Foi um desafio, estamos muito felizes”, contou a mãe da jovem, Mainara Karniol.
O evento ainda promoveu a bateria “Expression Session”, na qual dez surfistas convidados disputaram premiação em dinheiro. Tamae Bettero, de Ubatuba, se deu melhor e faturou o primeiro lugar no pódio, seguidos por Wesley Leite e Marco Aurélio, com segundo e terceiro lugar respectivamente.
O campeonato é organizado por Wiggolly Dantas e patrocinado pela Wizard. No final das competições, Dantas agradeceu a todos os presentes e se emocionou ao falar dos desafios que enfrentam as mulheres no surfe.
“O meu coração está em festa. O surfe feminino não pode morrer e vamos fazer de tudo para que esse evento cresça e vire um circuito”, disse a irmã do organizador, Suelen Naraisa.
Segundo a SAI (Associação Amigos de Itamambuca), não houve ocorrência de acidentes graves durante o torneio, apesar da chuva e grandes ondas no mar.