O Sindpetro (Sindicato dos Petroleiros) de São Sebastião vai aderir a greve geral proposta pela FUP(Federação Única de Petroleiros).
A greve deve ser iniciada no sábado, dia 26, e deve durar 72 horas. O movimento poderá ser suspenso, caso a Petrobras resolva reabrir as negociações.
Segundo os petroleiros, a estatal está sendo intransigente em relação às suas reivindicações. A empresa oferece reajuste salarial abaixo da inflação (70% do INPC) e quer migrar seus empregados para a nova legislação trabalhista. A FUP e os sindicatos são contra.
Segundo Márcio André, um dos diretores do sindpetro, em São Sebastião, na assembleia realizada no dia 10, todos os petroleiros do litoral paulista concordaram em aderir a greve proposta pela FUP.
Em São Sebastião, no Tebar(Terminal Marítimo Almirante Barroso), trabalham 250 funcionários comissionados e 400 terceirizados.
A paralisação dos serviços pelos comissionados, sindicalizados ao Sindpetro, impedirá as operações no terminal durante a greve.
Caso a greve ocorra, o Tebar deverá implantar um plano de contingência, convocando gerentes e coordenadores, para evitar a paralisação total de suas operações durante o movimento.
O terminal tem 40 tanques que abastecem as refinarias de Cubatão e São José dos Campos. É o maior da empresa na movimentação de carga e descarga de petróleo no país.
Negociações
As negociações começaram em maio e foram levadas à Justiça do Trabalho em agosto. A maioria das assembleias dos empregados da Petrobrás rejeitou a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Segundo os petroleiros, a empresa oferece reajuste salarial abaixo da inflação (70% do INPC) e quer migrar seus empregados para a nova legislação trabalhista. Com isso, quem ganha salários mais altos, por exemplo, poderia perder o reajuste do acordo.
A Petrobras ainda não teria se manifestado sobre a possibilidade de greve geral pelos petroleiros a partir deste sábado(26).