O policial militar de Caraguatatuba, Leandro Prior, de 28 anos, que teve negada autorização da corporação de usar a farda durante pedido de casamento ao namorado Elton da Silva Luiz, de 26 anos, em plena 23ª Parada do Orgulho LGBT que acontece amanhã, na capital paulista, irá fazer o pedido de qualquer maneira, com ou sem farda.
Seu advogado ainda tenta recorrer da decisão da PM, mas o pedido será feito de qualquer maneira neste domingo. Prior lamenta, que o pedido não será surpresa, diante da repercussão que teve o pedido feito por ele à corporação para o uso do uniforme no domingo.
Ele não tinha contado ao namorado, que iria fazer o pedido de casamento, no domingo(23), durante a parada gay. Neste sábado, pela manhã, Prior participou do seminário Aliança Nacional LGBTI+, no Pergamon Hotel, na rua Frei Caneca, nos jardins.
Leandro, que é de Caraguatatuba, é filho de militar e trabalhou nas prefeituras de Caraguá e São Sebastião. Está na policia militar desde 2014. Ao participar do concurso para entrar na corporação, deixou caro sua opção sexual, foi aprovado em todos os testes e encorporado na PM. É considerado um policial dedicado e diferenciado por se envolver na defesa de causas sociais.
Prior ganhou destaque na mídia nacional, no ano passado, quando fez um vídeo dando um “selinho” em um homem em uma estação do metro na capital paulista. Ele responde uma sindicância instaurada pela Polícia Militar para apurar o caso. Logo após o episódio, o soldado concedeu uma entrevista aos Jornalistas Livres, em reportagem feita por Igor Veloso, Lina Marinelli, com edição de Henrique Cartaxo. Reproduzimos a reportagem postada no Youtube para que o leitor possa conhecer o que pensa Prior sobre o “selinho”, de ser um policial gay e das ameaças sofridas por ele e sua família, após o episódio do metro em São Paulo. Confira: