“Luto por patrocínio para realizar meu sonho. Minha meta é ser campeão sul-americano e campeão geral da divisão de acesso a elite”, diz Igor Moraes
Por Raell Nunes
Igor Moraes, um jovem surfista profissional Maresias, Costa Sul de São Sebastião, luta para se destacar na nova geração, em competir com os melhores do mundo, viajar e surfar em praias com ondas perfeitas espalhadas pelo planeta.
O jovem de 20 anos está digladiando para conseguir os seus objetivos na carreira. “Luto por patrocínio para realizar meu sonho. Minha meta é ser campeão sul-americano e campeão geral da divisão de acesso a elite (QS), garantindo minha vaga entre os melhores surfistas do mundo”.
A determinação do rapaz é visível nos treinos. Ser atleta não é tão simples assim. Igor faz seções diárias de surfe, treino físico funcional duas a três vezes por semana. Quando não há ondas no mar, ele faz trabalhos específicos envolvendo simulações de baterias e ainda pratica coaching ao menos três vezes por semana.
Patrocínio – Nada está sendo simples para Igor, inclusive a falta de patrocínios é uma pedra muito grande no caminho do talento sebastianense. “Tudo que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite nele. Eu acredito que tenho potencial para chegar à elite do surfe mundial, só preciso da estrutura necessária”, desabafa.
Quando surfa, ele tem um arsenal de manobras radicais de primeira linha, juntamente uma progressividade quase inacreditável. Surfando há 12 anos, Igor obteve resultados expressivos em etapas da Liga Mundial de Surfe (WSL), como o 5º lugar no QS de Arica-Chile e o 3º lugar no ranking final sul-americano Pro jr.
O garoto surfa como se estivesse brincando com a onda, mas com uma experiência e uma responsabilidade nítida. Ele sabe bem em quem se inspirar. “Me inspiro muito no Gabriel Medina e Ítalo Ferreira, meu surfe é bem parecido com o deles”, revela.
Luta – Em 2017, o atleta sem patrocínio para competir recorreu a uma campanha para arrecadar fundos, utilizando suas redes sociais e web sites. O top do Circuito Mundial de Surfe, Filipe Toledo, ao ver sua garra, determinação e potencial, decidiu doar uma de suas pranchas para ajudar na campanha, na qual se criou uma rifa.
A matriarca da família Medina, Simone Medina, adquiriu um nome na rifa e ainda se propôs a custear a filiação e a inscrição de uma etapa da divisão de acesso ao mundial. Com estes esforços somados aos de seus apoiadores fixos, Igor conseguiu competir três etapas desta divisão, sendo a última do ano em Maresias, onde realizou uma bateria eletrizante e eliminando a promessa da nova geração do surfe, Samuel Pupo.