O presidente da Santos Port Authority (SPA), que administra o porto paulista, Casemiro Tércio Carvalho, está deixando o cargo, conforme anúncio do Ministério da Infraestrutura (Minfra). Ele ocupava o cargo desde fevereiro do ano passado. Tércio Carvalho foi presidente da Cia Docas de São Sebastião entre 2011 e 2018.
O Ministério da Infraestrutura (Minfra) e a Santos Port Authority (SPA) informam que o atual diretor de Administração e Finanças da SPA, Fernando Biral, foi nomeado ao cargo de diretor-presidente interino da Companhia, em substituição ao engenheiro naval Casemiro Tércio Carvalho, tendo em vista a apresentação de sua solicitação de desligamento ao Conselho de Administração em reunião ocorrida nesta sexta-feira (24), com efeitos a partir do dia 28/04.
Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Biral especializou-se em Finanças, sendo certificado como CFA®️ Charterholder (título internacional de executivo financeiro). Tem experiência como diretor e consultor financeiro de várias companhias em sua carreira iniciada em 1994. Atuou em diversas empresas do setor financeiro e, como diretor de projetos, foi responsável por mais de 20 projetos para organizações como Embratel, Petrobras, Globo, Ambev, Du Pont, entre outras. O executivo é docente da FIA-USP, no curso de pós-graduação Latu Sensu, na área de Recuperação Judicial.
“A nomeação de Biral representa uma segunda etapa da transformação do Porto de Santos no maior porto da América Latina, não só em tamanho, mas em eficiência, profissionalismo e sustentabilidade, preparando-o para a sua desestatização. Os ótimos resultados operacionais e financeiros alcançados em sua diretoria comprovam a sua capacidade para esta função e que o Porto de Santos seguirá no caminho do crescimento que iniciamos com a gestão de Tércio”, afirma o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Biral ingressou na SPA em abril de 2019. Teve como missão otimizar o programa de investimentos da empresa. Entre as ações que liderou, destacam-se a reversão do prejuízo de R$ 468 milhões (2018) em lucro líquido de R$ 87,3 milhões (2019); o aumento do potencial de geração de caixa; o Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV); e o equacionamento do déficit histórico do fundo de pensão dos trabalhadores portuários, o Portus, com a garantia do recebimento dos benefícios por milhares de famílias.
“Neste um ano, revertemos prejuízos históricos em resultados operacionais e financeiros positivos. Teremos como desafio consolidar esses ganhos e posicionar a empresa em um novo patamar de geração de caixa e de lucros. A curto prazo, vamos trabalhar em conjunto com a Secretaria de Portos (SNPTA) para acelerar os leilões de novos terminais e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que está sendo contratado pela SNPTA, para a estruturação do projeto de desestatização, dando mais um passo para dinamizar e incentivar os investimentos privados no setor portuário”, diz Biral.