O empresário Adriano César Pereira, preso em Ilhabela, em maio deste ano, está desde segunda(18), cumprindo prisão domiciliar. O Ministério Público, no entanto, não confirmou se ele teria aceito fazer delação premiada para relatar supostas irregularidades em contratos firmados com as prefeituras de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba. O MP alegou “sigilo absoluto” sobre o caso
Por Salim Burihan
O Ministério Público Estadual afirmou, nesta quinta(21), que não pode dar quaisquer informações sobre uma possível delação premiada feita pelo empresário Adriano César Pereira, preso no dia 14 de maio pela Polícia Federal, durante a Operação Prelúdio II, realizada em Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba.
O MP, através de nota encaminhada ao Tamoios News, alegou “que o caso corre sob segredo de justiça” e que não pode dar detalhes das investigações e se o empresário teria aceito ou não a delação premiada proposta pelos promotores de justiça.
A SAP(Secretaria de Administração Penitenciária) e a Corevali(Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral Norte), responsável pela Penitenciária de Tremembé, onde Adriano César Pereira estaria preso desde 24 de maio, confirmaram que empresário deixou a penitenciária.
A SAP informou, através de nota, que na segunda, dia 18, Adriano César Pereira deixou a Penitenciária “Dr. José Augusto César Salgado” de Tremembé II em virtude de decisão judicial para que cumpra prisão domiciliar.
A SAP informou ainda que a secretaria somente cumpre decisão judicial e custodia presos. Os questionamentos sobre delação premiada devem ser feitos diretamente à Justiça.
Informações extraoficiais, no entanto, garantem que Adriano César Pereira deixou a Penitenciária II de Tremembé, no Vale do Paraíba, após ele ter feito acordo com o MP para dar todas as informações solicitadas sobre seus contratos realizados com as prefeituras de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba.
O empresário foi preso em sua casa, em Ilhabela, na operação que apura crimes de fraude à licitação, superfaturamento de preços, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O empresário é investigado por supostos contratos superfaturado em Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba.
Prisão
O empresário foi preso no dia 14 de maio deste ano em Ilhabela, durante a Operação Prelúdio II, da polícia federal, atendendo pedido feito pela justiça.
Na operação foram presos o empresário; Tatiana Negreiro, dona de uma loja de veículos em Caraguá; e, o policial militar Rogério Ferreira Faco, de São Sebastião.
O então prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório, teve sua prisão indeferida pela justiça, mas foi afastado do cargo juntamente com dois secretários municipais e três servidores públicos.
Tenório foi cassado pela Câmara de Vereadores alguns dias depois da operação feita pela polícia federal.
Em Caraguatatuba e São Sebastião, o empresário estaria sendo investigado por supostas irregularidades cometidas durante as gestões dos ex-prefeitos Antonio Carlos da Silva e Ernane Primazzi.
Adriano César Pereira, logo após sua prisão em Ilhabela, foi levado para o CDP(Centro de Detenção Provisória) de Caraguatatuba. Em 24 de maio, o empresário foi transferido para a Penitenciária III, de Tremembé, após sofrer ameaças de morte no CDP de Caraguatatuba. Não conseguimos contatos com o advogado do empresário.