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Tripulantes mulheres esbanjam gestos de amor na ISW

Tamoios News
Jorge Mesquita
Jorge Mesquita

Mulheres do monocasco Marisco participam da ISW

Tripulação Clássica mostra exemplo de entrosamento, amizade e amor

Por Marcello Veríssimo

Os clássicos nunca morrem. A frase, popular no mundo da música, neste ano também se aplica à 42ª Ilhabela Sailing Week, que contou com a visita do monocasco Marisco, de Angra dos Reis, modelo 68, importado para o Brasil em 1970 e que, se comparado aos veleiros modernos dos anos 2010, realmente não possui tantos recursos de navegação, mas sobra união, entrosamento, amizade e amor entre suas tripulantes.

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A embarcação é reconhecida pela ABVO (Associação Brasileira de Veleiros de Oceano) como um “clássico” por representar uma época efervescente na humanidade em diferentes setores da sociedade, incluindo o esporte. “Foi aceito pela associação mesmo sendo de fibra, e nós viemos aqui [na ISW] justamente para ajudar a colocar essa classe para cima. É uma classe muito bonita no iatismo”, disse a velejadora e designer Renata Liu, que auxilia o marido no comando do barco.

Apenas oito barcos deste tipo competem na ISW. “É aquilo que quanto mais velho melhor”, completa a proeira – ela fica na proa (frente) do veleiro – Karina Seixas, 32, que possui “contato com veleiro a vida toda, passei um tempo sem barco e voltei agora há uns 8 anos”.

A tripulação do marisco é formada por três mulheres e dois homens. Outra veterana da vela é a mineira Cristina Amaral, que exerce a profissão skiper, reconhecida pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “Sou a motorista do barco”, define com simpatia.  “Trabalho com vela há mais de 15 anos”, completa.

 

Além da união, alegria, determinação e disposição, outro ponto comum entre elas é que cada uma mora no seu próprio barco. Sim, elas moram nos barcos! Renata Liu, por exemplo, já completou a travessia do oceano atlântico ao lado do marido, o comandante soteropolitano Guilhermo Buiati, 58 anos. “Sou quem tortura elas”, brinca. “A bordo o comandante é quem manda, em terra as coisas começam a ficar meio diferentes”, conta Renata, que também espera contribuir com a participação do Marisco na competição “para que a classe Clássicos seja melhor divulgada, aceita nas regatas, principalmente que estamos perto da regata Santos/Rio “, diz. “Também queremos nos divertir, estamos de férias”, completou Cristina.

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