Um estudo apresentado durante a reunião que oficializou nesta terça(27), a criação do consórcio intermunicipal de turismo do Litoral Norte, mostrou que a região encontra ainda muitas dificuldades para atrair turistas de todos os estados brasileiros e, principalmente, do exterior.
O Litoral Norte ainda depende de veranistas, ou seja, moradores da capital e do interior que possuem casas de veraneio na região.
De acordo com o estudo, Caraguatatuba, São Sebastião, Ubatuba e Ilhabela recebem em torno de 4,3 milhões de turistas por ano, sendo 88% dos visitantes oriundos de São Paulo, 2% do Rio de Janeiro, 2% de Minas Gerais, 1% do Paraná e 4% de outros países.
A região conta com 931 meios de hospedagem com 42.500 leitos. Hoje, a taxa média de ocupação é de 54% . O Litoral Norte ainda vive e depende do veranista.
Apesar dos investimentos e da presença em feiras internacionais de turismo, Ilhabela, por exemplo, recebe apenas 2% turistas estrangeiros por ano.
O secretário de Turismo e Desenvolvimento de Ilhabela, Ricardo Fazzini, disse que essa realidade deverá ser mudada em dois anos com a criação do circuito Litoral Norte.
“Já estamos tendo um crescimento, mas a partir das ações do circuito poderemos avançar muito mais. Ainda somos uma região de veraneio, para mudar isso faremos investimentos em divulgação da região como um todo e ações, entre elas, treinamento e capacitações, organização do trade e regulamentações de hospedagem.
Segundo Fazzini, o circuito deverá contar com uma verba de R$ 3, 3 milhões para investir na divulgação turística e transformar o Litoral Norte num produto turístico atraente para os demais estados brasileiros e no exterior.
“É um trabalho sério, que deve ser feito com calma. Tudo indica que a partir de 2019 teremos um aumento em nosso turismo”, finalizou.
O secretário de Turismo de Caraguá, Cristian Bota, entende que, é preciso divulgar mais o Litoral Norte. “Ainda somos desconhecidos, como destino turístico a nível nacional e internacional. Com a criação do circuito, vamos divulgar a região como um todo e tornarmos mais conhecidos no Brasil e no exterior”, afirmou.
Ocupação
Hoje, a taxa média de ocupação é de 54% na rede hoteleira regional. Com as ações de promoção do Circuito Turístico, no período de dois anos, a taxa deve subir entre 65% e 70%.
Para a presidente da AHPC(Associação de Hotéis e Pousadas de Caraguatatuba), Sandra Abril, é preciso investir mais na divulgação da região em outras regiões e combater a concorrência desleal praticada pelos sites que alugam casas de temporada.
“Temos muitos hóspedes das cidades de Guarulhos e de Campinas, porque intensificamos a divulgação nessas cidades. Temos que ampliar a divulgação para outras regiões de São Paulo e outros estados”, comentou.
Segundo ela, os turistas da região de Campinas frequentam mais a região devido a facilidade do acesso rodoviário. “Veja eles trafegam por ótimas rodovias, D.Pedro, Carvalho Pinto e Tamoios. Em menos de três horas chegam ao Litoral Norte”, detalhou.
Sandra disse que as prefeituras precisam combater o aluguel temporário de casas, principalmente, praticado por sites internacionais. “Isso tem prejudicado e muito a rede hoteleira. Cobrados uma diária de R$ 140,00 para casal. Os sites cobram diária de R$ 300,00 por uma casa onde ficam hospedadas dez pessoas. Isso prejudica e muito”, avaliou.
Sandra, os sites de aluguel temporada já estão no mundo inteiro. Nos é que temos nos adaptar a eles, isso não é futuro, é o presente.
Não tem turismo profissional no LN.
Vai para o Nordeste para ver o que é turismo levado a sério, onde os moradores ganham dinheiro sem a prefeitura atrapalhar, ao contrário daqui, todos são cadastrados e trabalham em prol do turismo.
A entrevistada quer que a prefeitura intervenha no direito de propriedade do cidadão alugar sua casa.
Entende por que as pessoas preferem pagar 300 reais numa passagem de avião do que pegarem seus carros?
Isso mesmo.
Com esse pensamento retrógrado é que ela espera melhorar o turismo.
Melhora para a pousada dela, e para o resto que depende do turista?