Ubatuba, cidade considerada a “capital do surf” no Litoral Norte vai ganhar em julho mais uma sede para a escolinha de surf. A escolinha de surf de Ubatuba existe desde 1995 e já formou mais de 10 mil alunos entre eles, Filipinho e Matheus Toledo, Hizunome Bettero, Renato Galvão, Wigolly e Wesley Dantas, Camila Cassia e Suelen Naraisa.
Filipinho Toledo foi o quarto colocado no ranking mundial de 2019. Em 2020 ele vai tentar chegar pela primeira vez ao título mundial. Gabriel Medina, de São Sebastião, é bi-campeão mundial na categoria.
A segunda sede da escolinha de surf da cidade, a primeira foi construída em 2018, na Praia do Perequê-Açú, foi construída na Praia Grande, um dos primeiros e mais frequentados points do surf em Ubatuba, até descobrirem as ondas radicais das praias do Felix, Vermelha do Norte e Itamambuca.
As obras foram concluídas nesta semana, fruto de convênio entre a prefeitura local com a Caixa Econômica Federal e o Ministério dos Esportes – esta já é a segunda sede entregue ao município, que inaugurou a primeira, localizada no Perequê-Açu, em outubro de 2018. A área da construção fica no canto esquerdo da praia.
O investimento total em Ubatuba, contemplando as duas unidades, foi de R$ 413.029,16. As aulas estão suspensas desde março, visando conter a disseminação da Covid-19 na cidade.
“Devido à pandemia, a cerimônia de inauguração será simbólica, apenas com representantes dos poderes e obedecendo o distanciamento social”, conta Alberto Jacob, secretário municipal de Esportes.
Jacob é um dos idealizadores e um dos primeiros professores da escolinha. Segundo ele, a escolinha de surf é fundamental para a formação, desenvolvimento e evolução dos surfistas locais-a escolinha, segundo ele, formou excelentes profissionais, como também atuou para tirar crianças e adolescentes das ruas.
“Em abril de 1995, demos a nossa primeira aula na Praia Grande. O esporte era marginalizado, surfista era taxado de várias coisas. A gente amassou muito barro para hoje o esporte ser digno e ser capaz de sustentar famílias, levando o nome de Ubatuba para o mundo”, comemorou Jacob.
Outro professor da escolinha foi o campeão brasileiro Ricardinho Toledo, pai de Filipinho Toledo, um dos representantes do Brasil na WSL e um dos maiores nomes do surf mundial. Ricardinho deu aulas por dez anos na escolinha. A escolinha tem cerca de 600 alunos e tudo indica que novas feras devem surgir.
A nova escolinha foi uma conquista para comunidade graças a dedicação de Jacob e a colaboração do prefeito Delcio Sato. As duas sedes da entidade foram construídas no governo de Sato.
Jacob tem planos para mais duas sedes, uma no Camburi, na costa norte e outra na Maranduba, na região sul. A sede da Praia Grande também serve de apoio aos praticantes de beach tênnis e frescobol.
Na pandemia, foram suspensas as atividades presenciais, mas os alunos tem acesso online aos vídeos com aulas de surf. Jabob não sabe ainda quando as aulas presenciais serão reiniciadas, segundo ele, tudo vai depender da pandemia.