Navio “Prof. W.Besnard” fez parte da história da oceanografia brasileira e deverá ser afundado nas águas de Ilhabela, tornando-se recife artificial e ponto turístico de mergulho
O Conselho da Universidade de São Paulo decidiu, na última terça-feira (19), pela desalienação do antigo navio oceanográfico “Prof. W. Besnard” e assim desta maneira já poderá repassá-lo à Prefeitura de Ilhabela, que pretende afundá-lo e assim oferecer um novo ponto turístico de mergulho.
O prefeito Toninho Colucci (PPS), autor da proposta de transformar o antigo navio que estava há anos parado no Porto de Santos em recife artificial no arquipélago, disse que agora os procuradores da prefeitura e da USP devem acertar detalhes do documento que estabelecerá a cessão da embarcação ao município.
“Ilhabela conta com vários naufrágios visitados por mergulhadores, mas este será num ponto de fácil acesso”, destacou Colucci. O arquipélago de Ilhabela tem um total de 20 naufrágios, porém, alguns deles de difícil acesso.
No início deste mês, o prefeito se reuniu com uma comissão de mergulhadores, instrutores e proprietários de embarcações de mergulho para tratar da proposta de afundamento do antigo navio de pesquisa “Prof. W. Besnard”. A ideia é que o naufrágio controlado ocorra entre a Ponta da Sela e o Solar Singhita, pouco antes da Sepituba, no sul da Ilha. O local escolhido tem entre 20 e 25 metros.
Mergulhadores fizeram uma visita técnica e aprovaram as condições do fundo do mar para o naufrágio controlado. Pelo projeto, além de ter o recife artificial com o casco do antigo navio de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), o Museu Náutico de Ilhabela ainda teria a cabine de comando preservada em exposição.
A administração local conseguiu, para essa ação, reverter uma decisão da USP, que pretendia destinar o antigo navio de pesquisas oceanográficas para ser cortado e vendido como sucata.