Ação foi apresentada após criação de mais 90 cargos comissionados na Prefeitura
Por Ivânio de Abreu
Um grupo de cinco vereadores entrou com denúncia no Ministério Público (MP), questionando a criação de 90 cargos comissionados na Prefeitura de São Sebastião.
Neste G5, composto por Gleivison Gaspar (PMDB), Onofre Neto (DEM), Daniel Simões (PP), Giovani dos Santos – o Pixoxó (PSC) e Ernane Primazzi – o Ernaninho (PSC), dois já haviam votado a favor na primeira, e única, votação do projeto de lei dos novos cargos, mas Daniel Simões e Pixoxó mudaram suas opiniões.
Todos os envolvidos na ação questionam a maneira como o presidente da Câmara Municipal, Reinaldo Alves Moreira Filho (PSDB) decidiu encaminhar o projeto à sansão do prefeito Felipe Augusto (PSDB). Isso porque quando foi aprovado o pedido de “vistas”, solicitado pelo líder do Governo na Casa de Leis, Edivaldo Pereira Campos – o Teimoso (PSB), o projeto deveria retornar à segunda votação.
Para Pixoxó que votou a favor do projeto na primeira votação houve desrespeito. “O projeto do Executivo foi em duas votações. Chegou para votação em sessão extraordinária e votei a favor. Mas após analisar decidi mudar minha decisão. O Governo ao perceber que o projeto não iria passar recuou e encontrou outra maneira para aprovar sem a segunda votação. Um desrespeito”, diz o vereador.
Neto não considera a existência de um “G5”, apenas um grupo de cinco parlamentares com opiniões contrárias a decisão. Ele ressalta que o documento enviado ao MP é uma “ratificação” dessa posição.
“Houve uma ratificação a uma denúncia que já existia. A forma como se tratou a votação é um motivo pelo qual não concordo”, conclui Neto.
De acordo com Gleivison a forma como se desenvolveu o processo de aprovação do projeto foi uma “rasteira”. “Isso foi uma rasteira nos próprios vereadores, o líder do Governo pediu “as vistas” e foi só o que autorizamos. Deveria ter retornado para a continuação da segunda sessão e debate sobre o que foi analisado”, relata.
A reportagem procurou os vereadores Ernaninho e Daniel Simões, mas até o fechamento da matéria não houve retorno.