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Vídeos: Moradores fazem um minuto de silêncio e lançam rosas ao mar em homenagem à Júlia Rosemberg

Tamoios News

Cerca de 80 pessoas, a maioria mulheres, participaram de uma homenagem à jovem Júlia Rosemberg, de 21 anos, morta no domingo(5) quando caminhava em uma trilha entre Paúba e Maresias, na costa sul de São Sebastião.

A homenagem foi organizada pelo grupo das surfistas Salty Sisters, formado por mulheres da costa sul, na manhã desta quarta-feira(8), na praia de Maresias. Todos usavam máscaras e respeitaram o distanciamento durante o ato.

 

Foi feita uma grande roda na areia e além e realizarem um minuto de silêncio pela morte da jovem, também, foram feitos discursos por Virgínia Ferraz, do Salty Sisters e Jacqueline Batista, advogada há 7 anos, que milita na causa feminina.

Foi abordada a abertura da associação de mulheres da Costa Sul e a implantação de uma casa de apoio à mulher na região. Em seguida, as surfistas jogaram rosas no mar e bateram palmas. “Júlia era envolvida na questão dos direitos da mulher e temos certeza de que foi uma justa homenagem”, comentou Jaqueline.

Jovem, de 21 anos, estudante de medicina veterinária, foi morta no domingo(5) quando percorria a trilha entre Paúba e Maresias

Uma segunda manifestação, marcada para sábado(11), no mesmo local, está sendo articulada pela Associação das Mulheres da costa sul, que irá homenagear Júlia Rosemberg e todas as mulheres que foram mortas vítimas de violência na costa sul, desde 2010.

A manifestação deverá ocorrer das 9 às 13 horas, na Praça do Surf, em Maresias. “É uma manifestação contra a violência praticada contra a mulher”, disse Jaqueline Oliveira, uma das organizadoras da manifestação.

Foi criado, também, um grupo no whatasapp com mais de 150 mulheres cobrando “Justiça por Júlia”.

 

Crime

A morte da jovem Júlia Rosemberg teria sido o crime mais violento ocorrido em Paúba nos últimos anos. A jovem, que morava na capital e passava a quarentena na costa sul, saiu no domingo(5), por volta das  7 horas da manhã, para percorrer uma trilha e acabou sendo morta brutalmente.

No domingo(5), dia de sua morte, o último contato com o celular da jovem ocorreu por volta das 8h20 da manhã, quando ela  estava em Maresias. Como a jovem não retornava para casa, os bombeiros foram acionados. A família e amigos, também, postaram fotos dela nas redes sociais pedindo informações sobre o paradeiro de Júlia.

No domingo, os bombeiros não encontraram nenhuma pista da jovem. Retomaram as buscas na manhã desta segunda-feira(6) e localizaram o corpo dela semienterrado e coberto por folhagens, próximo a uma caixa d’água da Sabesp.

Segundo informações da polícia, a jovem estava com a máscara de proteção que utilizava dentro da boca e uma cinta, que segundo consta, seria da sua pochete, amarrada na garganta.

A pochete, o tênis e o celular da jovem não foram localizados no local. O corpo foi recolhido e encaminhado ao IML(Instituto Médico legal) de São Sebastião. O laudo do IML deverá esclarecer a morte da jovem.

Ainda, segundo a polícia, a jovem não aparentava ferimentos no corpo, apenas as marcas causadas pela asfixia no pescoço. Tudo indica que ela possa ter sido estrangulada. Ainda não se sabe se a jovem teria sofrido violência sexual.

A polícia busca imagens sobre a passagem da jovem no  domingo por Maresias e Paúba, para buscar pistas sobre o autor ou autores do brutal crime. A polícia, também, tenta rastrear o celular dela para identificar o responsável pelo crime. A polícia ainda encontrou o autor ou autores do crime.