Por Simone Rocha
Os moradores do CDHU do bairro do Reino, na Ilhabela, receberam na quarta(23), integrantes da Organização da Semana Lixo Zero e com ajuda deles e demais voluntários instalaram uma composteira para os resíduos sólidos, em uma área que fica no fundo do CDHU.
Na composteira será possível colocar restos de comida, cascas de frutas e verduras, que serão transformados em adubo. A ação contou com a colaboração de alunos e professores da Escola Municipal José Benedito, onde já
se realiza a compostagem desde janeiro de 2018, pelo projeto Escola Resíduo Zero.
Devido à proximidade da escola, muitos alunos do José Benedito são também moradores do CDHU, o que expande a ação da escola para a comunidade. A professora Taluana Laiz Martins Torres, disse que a iniciativa do pessoal da Semana Lixo Zero, caiu como uma luva.
“Já fizemos a compostagem de mais de uma tonelada de lixo orgânico da cozinha aqui na escola. Os alunos que participam do projeto vão poder fazer a compostagem em casa, em comunidade, o que torna o projeto muito mais amplo. Na escola fazemos a compostagem com cilindros, mas também ensinamos com baldes. No CDHU foi feito um outro tipo de composteira, a leira”, explica, o que é ótimo, pois eles terão vários aprendizados sobre compostagem.
“Para fazer a leira de compostagem usamos serragem, galhos, folhas secas e grama cortada junto com restos de comida, resíduos que infelizmente são descartados no lixo, mas que podem se transformar em adubo de excelente qualidade pelo processo da compostagem”, comentou a Tatiana Araújo, da Flow Desenvolvimento Sustentável. Segundo ela, a compostagem comunitária é uma tecnologia social necessária para se alcançar cidades lixo zero.
A moradora do CDHU, Adriana Cirilo da Silva acompanhou a instalação da composteira. Ela já se aventurou em fazer compostagem em casa. “Sempre me preocupei com a quantidade de resíduos orgânicos que são jogados fora. No início comecei com um minhocário, mas não deu muito certo. Então fui atrás de conhecimento e com ajuda de outras pessoas comecei a fazer em baldes de 200 litros”, relembra.
Hoje a compostagem dela fica no trabalho, na residência da senhora de quem ela é cuidadora, por ter mais espaço no local, que tem horta, onde o adubo gerado na composteira é usado. “Aqui tenho mais espaço, mas até um mês atrás tudo era feito no CDHU mesmo”, orgulha-se. Adriana acredita que os moradores do CDHU darão continuidade ao projeto.
“Pude perceber que vários vizinhos ficaram interessados. Algumas pessoas chegaram depois que terminou a oficina então eu expliquei que sexta-feira vamos fazer de novo. Eu vou estar lá para incentivar a galera. Gostei muito do jeito que eles ensinaram a fazer a compostagem. Então vou continuar e espero que dos 80 apartamentos, pelo menos metade resolva participar de início e a outra metade nós vamos conquistar com o tempo”, acredita Adriana.