Em resposta a uma Notícia de Fato instaurada pela Promotoria de Justiça de São Sebastião, o Poder Público estadual anunciou que vem analisando custos operacionais e de manutenção para que usuários da balsa entre São Sebastião e Ilhabela passem a contar com a possibilidade de usar diferentes meios de pagamento pelo trajeto. Segundo informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, existem também tratativas para implementar parceria público-privada voltada a melhorias na travessia, incluindo a possibilidade de aceitar, por exemplo, pagamento com cartão de débito ou crédito.
No procedimento iniciado em fevereiro deste ano, o promotor Raul Agripino dos Santos Pinto narra que o serviço de travessia permite apenas o pagamento com dinheiro em espécie ou por meio de tag oferecido por empresas conveniadas. A restrição provoca diversos inconvenientes pela falta de publicidade, nas imediações do acesso à balsa, do meio de pagamento aceito. A situação tem gerado transtornos principalmente em dias em que há longas filas de espera. Pinto citou também o risco à segurança dos usuários, notadamente no período noturno, que precisam se deslocar até uma agência bancária ou caixa eletrônico para sacar o dinheiro do trajeto. Segundo o promotor, isso eleva desnecessariamente o risco de crimes como roubos e extorsões.
Na Notícia de Fato, Pinto lembra que diversas praças de pedágio ao longo do Estado admitem o pagamento das tarifas mediante cartões de crédito e débito e, mais recentemente, por meio do Pix.
Fonte: Ministério Público do Estado de SP