Por Lucas Martins
Neste artigo inaugural agradeço ao Portal Tamoios News a oportunidade de ocupar o espaço de uma coluna. Intenciono apresentar mensalmente reflexões que possam chamar a atenção da população, especialmente do Litoral Norte (Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba), sobre questões ligadas à Arquitetura e Urbanismo e ao Planejamento Urbano e Regional, ou seja, a problemas relacionados ao modo como construímos e habitamos nossas cidades.
Espero apresentar opiniões embasadas em bons argumentos vindos da minha atuação profissional e de pesquisa, orientados, sempre, pelo interesse público em detrimento do interesse privado. Certamente, o leitor que discordar de algumas poderá contribuir com a discussão, clarificando ainda mais os problemas que evidenciarei, além de corrigir-me naquilo que me enganei.
Questões sociais e ambientais do dia-a-dia chamam-me muito a atenção. Sabemos que cidades do Litoral Norte somam mais de 300 mil habitantes e são destinos turísticos nacionais e internacionais devido as suas belezas naturais. No entanto, é visível que a riqueza gerada por esta e outras importantes fontes de receita não é adequadamente investida na melhoria de qualidade de vida da população, especialmente dos pobres e miseráveis, que não são poucos, basta consultarmos os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O fato é que a cidade turística é a prioridade para investimentos públicos, gastam-se dezenas de milhões de Reais em qualificar o espaço para o turista, mas não se gasta alguns milhares para a elaboração e execução de planos e projetos de melhorias para bairros de periferia, justamente onde mora a maioria dos habitantes e onde os riscos socioambientais são maiores. Portanto, não há equilíbrio nesta balança. O jogo de interesses privados que comandam os investimentos públicos é complexo, portanto, não quero aprofundar neste tema, por enquanto.
Não bastam Planos Diretores com boas intenções apresentados em audiências públicas para garantir cidades desenvolvidas. É preciso que sejam colocadas em prática as diretrizes para os problemas neles elencados. Desse modo, comentarei, aqui, tais problemas apresentando possíveis soluções que contribuirão para minimizar a desigualdade urbana que vivemos.
Envie sua sugestão ou crítica para lmdeoliveira@gmail.com.
Lucas Martins de Oliveira
Arquiteto e Urbanista – CAU A87115-0
Mestre e Doutorando FAUUSP
Parabéns Mt. e Doutorando Lucas Martins. Com certeza, se o Plano Diretor das cidades fossem elaborados para amenizar os problemas nelas apresentados e cumpridos de acordo com o interesse da população, estaríamos com a melhor qualidade de meio ambiente e tudo mais de uma cidade. Grande abraço e parabéns pelo trabalho.