Economia

UTGCA vira principal entrave nas negociações entre Petrobras e Sindicato

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Dezenas de caminhões aguardam na rodovia a liberação do acesso à UTGCA

Por Conrado Balut

A UTGCA (Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba) tornou-se o principal entrave no andamento das negociações entre Petrobras e o Sindicato dos Petroleiros. Tudo por conta dos caminhões de abastecimento de gás que estão sendo impedidos de entrar na unidade. A afirmação foi feita pelo diretor sindical de Santos, Fabio Melo, em reunião realizada nesta terça (3), via vídeo conferência, para diversos polos sindicais. De acordo com Melo, a Petrobras só aceitaria voltar às negociações caso os caminhões pudessem ter acesso ao local. Porém, a posição do Sindicato continua firme. Em dias normais, cerca de 50 caminhões circulam pelo local, que está em greve desde a última sexta-feira.

Aproximadamente 60 pessoas estiveram presentes à sede do Sindipetro, em São Sebastião, para acompanhar a reunião por vídeo com o Sindicato dos Petroleiros de Santos. A assembleia iniciou-se às 18h30 e teve como principal objetivo discutir e informar aos funcionários o andamento da greve que se estende por todo o Brasil.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) deu início à greve no dia 28 de outubro com os cinco sindicatos que compõem a organização. No domingo (1), o movimento grevista adquiriu ainda mais força com a adesão da Federação Única dos Petroleiros (FUP), totalizando, até o momento, 17 bases sindicais em várias regiões do país.

Segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Norte, Edmilson Carmelito, o ponto de maior desgaste entre as partes é o econômico. “A Petrobras está oferecendo uma proposta para conter gastos que nos prejudica. Querem retirar nossas horas extras e pôr banco de horas no lugar. O reajuste da inflação apresentado por eles é de 5,73%. O Sindicato não negocia por menos de 9,56% que é a inflação acumulada do período”, diz o diretor.

De acordo com o sindicalista e aposentado pela Petrobras, Carlos Puríssimo, a empresa apresentou duas propostas para fechar um acordo, que foram prontamente negadas. “A Petrobras apresentou duas propostas muito aquém das nossas necessidades. Uma no dia 17 de setembro e outra no dia 28 de outubro. Estão querendo cortar tudo aquilo que conquistamos ao longo de anos. Não só a questão salarial, mas também outros exemplos, como o auxílio farmácia e auxílio saúde, estão na pauta de redução”, afirma.

Ainda de acordo com Fábio Melo, a Petrobras esta “efetuando um ataque contra o Acordo Coletivo feito junto aos funcionários e que ninguém está autorizado a negociar regionalmente; apenas a cúpula diretora que está no Rio de Janeiro é quem pode”, diz Fábio. O que se sabe é que a greve continua e não há previsão para término.

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