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“Rock na Praia” volta em grande estilo reunindo roqueiros do litoral

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Rock 2

Principal cartão turístico da cidade foi invadido por roqueiros que só querem “curtir um som e se divertir”

Por Marcello Veríssimo

Todas as vertentes do Rock em um único evento. Essa foi uma das propostas da 4ª edição do Festival Rock na Praia, que levou o publico roqueiro da região a lotar o anfiteatro, realizado na noite deste sábado (23) na Rua da Praia, Centro de São Sebastião. Do Hardcore, Heavy Metal ao Rock Clássico, entre eles a banda Creedence, teve de tudo um pouco no festival de música idealizado pelo vereador Gleivison Gaspar que, nesta edição, contou com apoio do Portal Tamoios News.

Sete bandas da região fizeram o publico ir às alturas, dançando nas arquibancadas e no chão, com sucessos autorais e clássicos do rock nacional como Massacration (a banda da trupe Hermes e Renato, que foi criada para o programa da extinta MTV Brasil), além de “Eu quero é ver oco”, um dos primeiros clássicos dos Raimundos, um dos pontos altos do show da banda “DonAlice”, de Ilhabela. “Deixamos sempre por ultimo [a música dos Raimundos], pois a galera endoida cara”, disse o vocalista da Vinicius, ao final do show, ainda no palco, com pedido de bis. O músico, que assim como outros roqueiros preferem ser chamados apenas pelo primeiro nome, afirmou ainda que nos últimos anos a cena rock no arquipélago também deu uma “amenizada” fazendo com que a banda desejasse voos mais altos e rompendo fronteiras tocando em outro festival com “menos gente, mas a mesma intensidade”, completou o vocalista da “DonAlice”, que frisa o nome da grafia da banda ser escrito junto. Pela primeira vez no “Rock na Praia”, a banda do arquipélago saiu satisfeita do show. “Meu pai ouvia muito Raul Seixas, cresci ouvindo musica e como todos nós somos da ilha estar pela primeira vez nesse festival é uma honra, que venham outros”, contou Vinícius. 

Satisfeitíssimo com a presença e energia do público, um dos organizadores do evento e veterano do rock, em São Sebastião, o músico Pipo, que também possui uma banda, explicou que o festival sempre aconteceu na estrutura principal montada para a temporada de verão, na Praça de Eventos. “O objetivo é ter um espaço em que as bandas do Litoral Norte pudessem apresentar seu trabalho, com três edições realizadas em 2006, 2007 e a terceira edição em 2008 com uma atração internacional, uma banda da Finlândia”, explicou Pipo. Depois com a troca da administração, Pipo completa, ocorreu um corte de verba, mas agora estamos voltando com “força total”. 

A força que saiu dos microfones repercutiu na plateia e reverberava por toda Rua da Praia. “O poder público tem que fomentar mais atividades como essa. Acima de tudo é musica, a molecada tá envolvida chegando com os instrumentos. Tem que ter mesmo, a molecada tem que gastar energia. E ninguém do Poder Publico vendo isso. Que tenha muito mais eventos como esse”, analisou o produtor musical de São Sebastião, Riva Decibéis. Durante essa edição se apresentaram além da “DonAlice”, Oblivion, Califórnia, Código de Barra, entre outras bandas da região, principalmente de São Sebastião. “O rock em todas as suas vertentes, trazendo os veteranos, os jovens e as famílias para curtir também”, completou Pipo.

A lua, céu estrelado, temperatura amena – não muito fria – fez com que muitos fãs do rock fossem até o anfiteatro conferir o evento. A expectativa das bandas para entrar no palco também estava em temperatura alta como as apresentações. “A gente é amador, cada um exerce sua profissão no dia a dia, mas estamos com uma nova formação aí e com o objetivo de montar um repertório grande de rock clássico e começar a fazer região”, disse Marcos Botega, da banda Código de Barra, de Barra do Uma, na costa sul de município. “Não tivemos muito tempo para ensaiar. Mas vamos fazer um bom som aí”, completou.

Idealizador do projeto, o vereador Gleivison Gaspar foi ovacionado pelo público ao subir no palco para falar breves palavras. Agradeceu ao apoio do Portal Tamoios News, que ajudou na divulgação, incluindo camisetas promocionais e disse que, realizar novamente esse evento, na Rua da Praia, é uma oportunidade de mostrar a importância da realização de eventos do tipo na cidade.

“O rock é o ritmo universal. Que privilegiem a cena, o rock, o punk, estilos diferentes e mais do que isso é muito importante que a secretaria de cultura esteja sempre atenta naquilo que a mídia podre nos oferece. Boa bagunça pra você, muito barulho, muito rock, um abraço. Não vou transformar esse palco em palanque para vocês”, disse Gleivison. 

 

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