Geral Ilhabela

Vereador acusado de “direcionar” carta convite na Prefeitura será ouvido nesta segunda na CPI

Tamoios News
Foto: Divulgação

Nesta segundas (13), o vereador Mateus Pestana, de Ilhabela, será ouvido na CPI que investiga uma denúncia feita contra ele por suposta divisão de lucros e irregularidades através de uma carta convite.

A CPI foi instaurada em março, após o construtor Erivaldo Pereira dos Santos, o “Nenguinha”, acusar o vereador de direcionar cartas convites na prefeitura em troca de dinheiro. Mateus faz parte da base do prefeito Márcio Tenório na câmara.

Vereador

Em entrevista ao Tamoios News, o vereador disse que foi ele mesmo quem pediu a abertura da CPI para apurar e esclarecer as denúncias infundadas feitas por Erivaldo.

“No ano passado fiz um boletim de ocorrência contra Erivaldo. Vejo isso como chantagem. Não tenho qualquer envolvimento nisso, para mim, trata-se de uma chantagem. Quero que a CPI comprove isso”, explicou.

Segundo Mateus, ele teve com o construtor na prefeitura para obter informações sobre como ele poderia concorrer nas cartas convites. Erivaldo teria sido orientado a criar uma empresa, pois sem uma firma constituída, ele não poderia participar das cartas convites.

“Fui até lá com Erivaldo para que ele conhecesse os critérios e exigências, apenas isso. Ele não tinha uma empresa constituída e nem constituiu uma empresa, por isso, não poderia participar das cartas convites da prefeitura. Como não tinha uma empresa legalmente constituída não conseguia obras. A partir daí, ele passou a me acusar de direcionar as cartas convites, inventando que eu queria dinheiro em troca das obras. Estou tranquilo e a CPI vai comprovar isso. A verdade vai aparecer”, finalizou.

CPI

Após suas alegações, o presidente Gabriel Rocha vai finalizar a fase de oitivas e o relator Anísio Oliveira deverá iniciar a elaboração do relatório.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara de Ilhabela, o relatório deve apontar todas as etapas de análise do processo, juntamente com a conclusão sobre a comprovação ou não da existência dos fatos.

“Ouvimos sete pessoas, de porteiro a secretários de governo, e agora ouviremos o vereador Mateus Pestana. Neste momento, eu não posso afirmar qual a situação dele, será preciso que seja finalizada essa etapa para iniciar o relatório que será votado entre os membros da CPI”, explicou o vereador Anísio.

O presidente da CPI Gabriel Rocha afirmou que se houver indícios suficientes para votação no Plenário, o vereador poderá ser afastado de suas funções na Câmara.

“A CPI sempre esteve aberta para o acompanhamento da imprensa para torná-la o mais transparente possível. Estamos atentos aos prazos, vamos averiguar todos os fatos e encaminhar para a votação se for o caso. Preciso ressaltar também que estamos em um momento atípico, com três CPI´s, uma investigação através da Comissão de Finanças e Orçamento e a Comissão Processante, precisamos ser minuciosos em cada etapa para oferecer total clareza aos munícipes”, enfatizou.

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