A briga pelo título do mundial 2018 promete “pegar fogo” na França. Medina vem de duas vitórias seguidas e já venceu três vezes em Hossegor(França). Toledo só deu bem lá em 2013(3º lugar). A diferença entre os dois surfistas é de 4.100 ponto. Quem vai se dar bem na França?
Por Salim Burihan
Os dois surfistas do Litoral Norte começam a disputar a nona etapa do mundial de surfe 2018nas ondas de Hossegor, na França.
Felipe Toledo, de Ubatuba, lidera o mundial com 49.785 pontos. Medina, de São Sebastião, é vice- líder com 45.695 pontos.
Felipe treinando em Hossegor
Toledo tem duas vitórias no mundial, ganhou no Rio e em Jefreys Bay, na África do Sul. Medina vem de duas vitórias seguidas, venceu em Teahupo, no Taiti e em Surf Ranch, na Califórnia.
Medina, o garoto de Maresias, tá tranquilo, duas vitórias seguidas no mundial e três títulos conquistados na França
Aparentemente, Medina tem melhores chances na disputa da etapa, pois já venceu três vezes a etapa francesa. Toledo só se deu bem na França, em 2013, quando ficou em terceiro lugar.
Gabriel Medina venceu a etapa de Hossegor no ano passado e vem de duas vitórias consecutivas
Medina vai disputar a bateria 5 enfrentando outro brasileiro, Tomas Hermes e o australiano, Ryan Callinan.
Felipe Toledo começa a disputa na bateria 6 que terá o francês, Jorgan Couzinet e o australiano, Connor O’Leary.
A “briga” pelo título entre Toledo e Medina promete ser bem acirrada. Quem vencer na França tem boas chances de faturar o título de 2018.
A diferença entre os dois surfistas é de 4.100 pontos. Medina é o único que pode tirar a lycra amarela (usada pelo líder do mundial) de Toledo na próxima etapa, em Portugal.
Medina terá de chegar às quartas de final em Hossegor. Se Toledo passar uma bateria, Medina precisará ser semifinalista. Filipe se garantiria na ponta se também passasse para as semifinais, mesmo que Medina vença o evento.
Felipe Toledo
Felipe Toledo chegou a França, acompanhado do pai, Ricardinho Toledo, seu técnico, da esposa Ananda e dos filhos Mahina e Koa.
Felipe com a mulher Ananda e os filhos Mahina e Koa.
“Eu uso como motivação, para continuar firme no foco. Não existe contas, existe trabalho duro, determinação em busca dos resultados pré-determinados. Agora é surfar bem, consciente. Esse é o segredo até o final”, afirma Filipinho, sabendo que terá como grande rival o também brasileiro Gabriel Medina.
“Sempre foi assim. Nossos amigos de infância um dia acabarão sendo adversários dentro d’água, mas quando toca a buzina para acabar, a amizade continua”, fala.
Ele sabe do bom retrospecto do vice-líder na Europa e Havaí, “mas cada ano a história é escrita dia a dia. Então, eu tenho me preparado para isso”.
Sobre a presença da família em Hossegor. “Gosto deles perto de mim. Isso aumenta ainda mais a minha confiança e determinação. Meu pai sempre foi importante. Ele me dá o suporte que preciso. Além de ter sido surfista profissional por longos anos, sempre me faz enxergar as coisas por um outro ângulo, que muitas vezes não conseguimos”.
Toledo fez questão de destacar a preparação física, comandada por Eduardo Takeushi. “Com certeza o trabalho vem surtindo resultado. Mas não só isso, todo o conjunto precisa estar alinhado, corpo, mente e espírito”, ressalta.
Em 2018, em oito etapas este ano, Filipe venceu duas – Saquarema e J-Bay, foi segundo na estreia da piscina de ondas no Surf Ranch, terceiro em Teahupoo e quinto em outras três – Gold Coast, Bali e Uluwatu, além de ter um 13º lugar em Bells Beach.
“Conversando com meu pai, chegamos à conclusão que para ser campeão mundial seria de nono para baixo e estou trabalhando duro pra isso”, completa o atleta patrocinado por Hurley, Oi, Monster Energy, Nike, Oakley, GoPro, Sun Bum, SmoothStar, Stance, pranchas Sharp Eye e FCS.
